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FENÔMENO MUNDIAL: Extinção de abelhas pode matar 1,4 mi de pessoas


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O declínio mundial dos polinizadores – principalmente abelhas e outros insetos – pode causar até 1,4 milhão de mortes adicionais por ano, um aumento de mortalidade mundial de quase 3%, segundo pesquisadores.

Dois terços dos alimentos que nós ingerimos são cultivados com a ajuda das abelhas. Na busca de pólen, sua refeição, esses insetos polinizam plantações de frutas, legumes e grãos. Em tempos em que a escassez mundial de comida é pauta das autoridades no assunto – como a recomendação da ONU para consumir mais insetos – a perspectiva de ficar sem a ajuda desses seres no abastecimento alimentar seria alarmante.

Além dos pesticidas, vírus, fungos, bactérias e outros parasitas são apontados como vilões da redução na população desses insetos. No entanto, a causa do sumiço é um mistério que intriga os pesquisadores, a começar pelo fato de os corpos dos insetos não serem encontrados nas colmeias. Os animais desaparecem sem deixar rastros, e os especialistas acreditam que o motivo seja uma espécie de curto-circuito no sistema de localização das abelhas, fazendo com que elas se percam. A diversidade de espécies e as peculiaridades de cada país dificultam a investigação.
Uma redução de 100% dos “serviços de polinização” poderia reduzir os estoques globais de frutas em 22,9%, legumes em 16,3% e 22,9% em nozes e sementes, mas com diferenças entre cada país.

Esse aumento na mortalidade humana previsto por pesquisadores seria resultado, além do encarecimento dos alimentos, da combinação da redução na oferta de vitamina A e ácido fólico (vitamina B9 ou ácido fólico), vitais para mulheres grávidas e crianças, e um aumento da incidência de doenças não transmissíveis, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) e certos tipos de câncer. As deficiências em vitamina A e ácido fólico podem atingir os olhos, levando à cegueira e causar malformações do sistema nervoso.

Esses efeitos na saúde afetariam países desenvolvidos e em desenvolvimento, de acordo com a análise publicada nesta quinta-feira na revista médica “The Lancet”. De acordo com um cenário de completa eliminação de polinizadores, 71 milhões de pessoas em países de baixa renda poderiam encontrar-se deficientes em vitamina A, e 2,2 bilhões que já têm consumo inadequado teriam suas contribuições reduzidas novamente. Para os folatos (vitaminas), seriam 173 milhões de pessoas que se tornariam deficientes e 1,23 bilhão de pessoas que veriam o seu consumo deficiente piorar.

Em suma, essas mudanças na dieta podem elevar as mortes anuais globais por doenças não-transmissíveis e aquelas relacionadas à desnutrição para 1,42 milhões de mortes por ano (2,7 % da mortalidade total anual), de acordo com o estudo conduzido por Samuel Myers, da Universidade de Harvard.

Fonte: http://www.otempo.com.br/

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