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Fachin autoriza inquérito que apura repasses de R$ 40 milhões a políticos do MDB

Valor teria sido pago pela empresa J&F, e segundo o ex-executivo Ricardo Saud, a pedido do PT; Renan, Jucá e Eunício são alguns dos senadores citados
Nelson Jr./SCO/ST - 18.05.2017
Ministro Edson Fachin, do STF, autorizou a abertura de inquérito que apura repasses da J&F a políticos do MDB

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para investigar o suposto recebimento, por parte de políticos do MDB , de repasses ilegais provindos da empresa J&F. De acordo com a apuração inicial do Ministério Público, cerca de R$ 40 milhões teriam sido repassados para o partido durante a campanha eleitoral de 2014.


Essa decisão de Edson Fachin foi tomada nessa terça-feira (15), mas só foi registrada nesta quarta (16) no sistema do STF. Tal investigação usará como base uma denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR), apresentada em abril.

De acordo com a procuradora-geral, Raquel Dodge, essas suspeitas são baseadas em delações premiadas. As informações que incriminam políticos do MDB foram reveladas nos depoimentos de Sérgio Machado, ex-senador pelo MDB e ex-presidente da Transpetro, e de Ricardo Saud, ex-executivo da J&F .
O que dizem Machado e Saud sobre o MDB

Em sua delação, Machado disse que chegou até ele a informação de que a JBS – do grupo J&F – faria doações à bancada do MDB do Senado em 2014 no valor de R$ 40 milhões, a pedido do PT.

Os senadores citados pelo delator são Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR), Eunício Oliveira (CE), Vital do Rêgo (PB; hoje ministro do Tribunal de Contas da União), Eduardo Braga (AM), Edison Lobão (MA), Valdir Raupp (RO) e Roberto Requião (PR), além de outros nomes não especificados.

Por sua parte, Saud afirmou que houve pagamento de aproximadamente R$ 46 milhões a senadores do MDB e acrescentou: foi a pedido do PT.


De acordo com o que informou o delator, apesar de diversas doações terem sido realizadas de forma oficial na época, "tratava-se de vantagem indevida, uma vez que dirigentes do PT estariam comprando o apoio de peemedebistas para as eleições de 2014 como forma de assegurar a aliança entre os partidos".

O ex-executivo da J&F afirmou ainda, que o objetivo era "manter a unidade no PMDB, já que havia, à época, risco de ruptura, com a perspectiva de integrantes do partido passarem a apoiar formalmente a campanha de Aécio Neves à Presidência da República."

Vale ressaltar que, ao abrir tal inquérito, Edson Fachin destacou que, por enquanto, não é possível dividir a investigação sobre as pessoas sem foro privilegiado porque houve "descrição de condutas materialmente imbricadas".

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