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PF pede mais 60 dias para concluir investigação sobre Michel Temer e ministros

Inquérito apura suposto pagamento de propina pela Odebrecht ao MDB; ministro Edson Fachin, do Supremo, deve autorizar a prorrogação
Marcos Corrêa/PR - 27.4.18
Michel Temer foi inserido nas investigações em março deste ano a pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge

A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (15) mais 60 dias para concluir o inquérito que investiga o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), todos do MDB. As informações são do jornal O Globo.

O pedido foi enviado ao ministro Edson Fachin, relator do caso na Corte. Antes de decidir, Fachin deverá encaminhar o pedido para análise da Procuradoria Geral da República (PGR). Michel Temer foi inserido nas investigações e março deste ano a pedido da procuradora-geral da República , Raquel Dodge.

A investigação apura se procede a informação de delatores da Odebrecht sobre o repasse de R$10 milhões da empreiteira Odebrecht em propinas ao MDB em 2014.

De acordo com Cláudio Melo Filho, executivo da empresa na época, em um jantar realizado no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República – ocupada então por Temer -, teriam sido acertado valores e contrapartidas por parte do partido.

O executivo informou aos procuradores a placa e o modelo do veículo em que foi até o Jaburu, além de atestar que fez ligações telefônicas à Eliseu Padilha na véspera do encontro.

Em seu relato, ele diz que parte do valor seria repassado à Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que concorria ao governo de São Paulo em 2014. Em troca, os ministros do MDB intercederiam em favor da Odebrecht em questões de interesse da empresa.


Estariam lá presentes Temer, o próprio Cláudio Melo, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da companhia, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral a Presidência).

Medidas cautelares contra Temer

Temer deixará o Palácio do Planalto no fim de dezembro, perdendo assim direito ao foro privilegiado por prerrogativa de cargo. Por isso, as investigações que correm contra ele irão para a Justiça comum, saindo da tutela do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quando isto acontecer, um grupo de procuradores que apura supostos desvios éticos do emedebista já fala em possíveis medidas cautelares contra Temer em 2019.

Duas denúncias já foram apresentadas contra o presidente, mas foram barradas pela Câmara dos deputados. Uma terceira denúncia, comenta-se em Brasília, estaria sendo preparada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.


O próprio advogado de Michel Temer , Claudio Mariz de Oliveira já admite, que o cerco ao líder emedebista se acirrará em janeiro. “Começará uma ativa e intensa ação persecutória, de investigação, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal”. O defensor, contudo, disse não acreditar em medidas “extremas” como condução coercitiva ou prisão.

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