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Partidos demoram a fechar alianças e adiam convenções para o final do prazo

Planalto
Ainda mais fragmentados, os partidos adiam a decisão sobre alianças em torno de um dos 18 pleiteantes para ocupar o Palácio do Planalto pelos próximos quatro anos

O prazo para início das convenções nacionais começa amanhã (sexta, 20), mas a maioria dos partidos adiou ao máximo os eventos que decidirão as chapas e os candidatos que concorrerão nas eleições de outubro. Os partidos escolheram deixar para os primeiros dias de agosto - o prazo final para as convenções é dia 5 de agosto - para ter mais tempo de negociar e fechar alianças.

Os principais partidos da Câmara consultados pela reportagem do Congresso em Foco optaram por fechar a decisão apenas no último momento possível. Só farão as suas convenções em agosto o PCdoB (1); MDB, PP e DEM (2); Rede, PSDB e PR (4). PT e PSD ainda não decidiram se realizarão as convenções em 28 de julho ou 4 de agosto. O PTB e o PRB afirmaram à reportagem que ainda não tinham definido as datas.

No primeiro dia do prazo, apenas PDT, PSC e PSTU devem confirmar seus principais candidatos ao Palácio do Planalto amanhã (sexta, 20). O PSC, parte do chamado “centrão”, deve lançar o economista Paulo Rabello de Castro, enquanto o PDT confirmará o ex-governador do Ceará Ciro Gomes. Já o PSTU lançará a ex-sapateira Vera Lúcia Salgado. 

Também farão suas convenções ainda em julho o Psol (21), que confirmará os nomes de Guilherme Boulos e Sônia Guajajara ao pleito, e o PSL (22), de Jair Bolsonaro. O Solidariedade fará sua convenção no dia 28, em São Paulo. Aldo Rebelo é o pré-candidato do partido, mas não deve permanecer na corrida presidencial.


Ainda que as convenções sejam o momento em que os partidos apresentam e aprovam os nomes que vão disputar os pleitos estaduais e nacional, algumas siglas podem realizar a convenção sem a chapa definida, como é o caso de praticamente todos os partidos com candidato à Presidência da República.

Alianças

Os principais partidos com presidenciáveis, PT, PSDB, PDT e MDB, ainda não têm a chapa fechada e não definiram os candidatos a vice para o Planalto. Tucanos e pedetistas disputam o apoio dos partidos do chamado "centrão", especialmente de DEM, PP e PR, que aparam arestas e discutem se deverão se unir em torno de Geraldo Alckmin ou de Ciro.

PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade divulgaram nota, no início da tarde de hoje, para confirmar o compromisso de manter a união e definir quem irá apoiar na próxima semana. "O momento é de ponderar, em conjunto, o melhor caminho para o futuro do Brasil. Ciente dessa responsabilidade e do papel que o Centro Democrático vai desempenhar nesta eleição, cada partido vai realizar consultas internas nos próximos dias com o propósito de anunciar publicamente uma decisão comum na semana que vem", diz a nota.

Isolado, o MDB sofre com as próprias disputas internas sobre concretizar, ou não, o ex-ministro Henrique Meirelles como candidato a sucessor de Michel Temer.

Outro partido que também chegará sem vice à sua convenção é o PSL do deputado Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato à Presidência. O partido deve aprovar o nome do parlamentar neste domingo (22). No mesmo dia, a cúpula se reúne para discutir quem será o vice. Em uma semana, os planos do fluminense para ter o senador Magno Malta (PR-ES) ou general Augusto Heleno (PRP) como vice foram frustrados após a recusa de ambos.


Parlamentares próximos a Bolsonaro discutem um nome ideal para ser vice na chapa. Os principais nomes ventilados são o da advogada e uma das autoras do pedido de impeachment de Dilma Rousseff (PT), Janaína Paschoal (PSL), e o do general do exército Antônio Mourão (PRTB).

Indefinição

Segundo o cientista político Leonardo Barreto afirmou à Agência Brasil, nenhum dos quase 20 pré-candidatos “empolgou” ou se apresentou como grande favorito, o que torna as negociações mais difíceis para os partidos, já que todos querem apostar em alguém com chances de vitória.

Ainda de acordo com Barreto, as articulações entre as siglas devem se afunilar a partir das convenções e deixarão os maiores partidos em vantagem, por terem "mais meios de troca". O tempo de TV e recursos para financiamento estão entre os fatores que devem ter mais peso a partir desse momento.

Fonte: https://congressoemfoco.uol.com.br/

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