Decreto para posse de armas não é medida de combate à violência, diz Mourão
Para o vice, medida é apenas cumprimento de promessa de campanha e ainda não é possível dizer se o Congresso facilitará também o porte de armas
Mourão assume a presidência nesta segunda-feira, enquanto Bolsonaro está em Davos
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (21), que o decreto para posse de armas, assinado por Bolsonaro na semana passada, não é uma medida de combate à violência e trata-se apenas do cumprimento de promessa de campanha.
"Não vejo como uma questão de medida de combate à violência. Vejo apenas, única e exclusivamente, como atendimento de promessa de campanha do presidente e que vai ao encontro dos anseios de grande parte do eleitorado dele", avaliou Mourão.
O general ainda observou que o decreto de posse de armas sofreu críticas dos dois lados, tanto por ser brando como por ser muito severo. "Ela foi criticada tanto por um lado como pelo outro. Sofreu tiros de tudo o que é lado. Eu acho que a virtude está no meio. E ela foi no meio", defendeu.
Presidente em exercício durante a viagem de Jair Bolsonaro (PSL) a Davos , na Suíça, Mourão também afirmou que ainda não é possível dizer se o Congresso vai ou não facilitar também o porte de armas. "Não conhecemos ainda o posicionamento desse Congresso Nacional que vai iniciar. Eu acho que há uma certa distância em a gente considerar que isso é viável", disse à Rádio Gaúcha.
O presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto que facilita a posse de armas no último dia 15. A medida se trata da permissão para que o cidadão tenha uma arma de fogo em casa, que é diferente do porte de armas, a autorização para andar armado na rua.
Na semana passada, Bolsonaro criticou o que chamou de "falácias" sobre o decreto e disse, por meio de suas redes sociais, que a pior delas é a de que a iniciativa não resolve o problema da segurança pública no país.
O presidente embarcou hoje para a sua primeira viagem internacional, para o Fórum Econômico Mundial, em Davos. Enquanto isso, Hamilton Mourão assume a Presidência pela primeira vez desde que tomou posse em 1º de janeiro. Em sua conta do Twitter, o general escreveu: "Ao amanhecer deste dia, quero expressar a honra de estar no exercício da Presidência da República. Desejo uma excelente e proveitosa viagem ao Presidente @jairbolsonaro e comitiva a Davos. Por aqui, manteremos a posição!".
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