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Pagamento do governo com publicidade sobe 63%; Record supera Globo

Em comparação com 2018, o crescimento da verba publicitária da Record no primeiro trimestre de 2019 foi de 659%

No primeiro trimestre de 2019, os gastos do governo federal com publicidade aumentaram 63% em comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento, feito pela Universo Online (UOL), é baseado em dados da Secretaria Especial de Comunicação (Secom), vinculada ao Palácio do Planalto.
Em 2018 os gastos com publicidade institucional custaram R$ 44,5 milhões. Em 2019, o mesmo período teve um gasto de R$ 75,5 milhões. Os valores são referentes aos pagamentos de agências de publicidade, pesquisas de opinião pública, comunicação digital e repasse a veículos de comunicação em todo o Brasil.
Se comparado com o ano de 2017, o aumento é ainda maior: a Secom teve gasto de R$ 35 milhões no primeiro trimestre daquele ano. Em comparação com 2019, o crescimento é de 101% (após descontar a inflação).
Além do aumento dos gastos, também foi observado que a Record superou a Globo em verbas publicitárias recebidas. Em 2017 e 2018 a Globo estava liderando isolada a lista de verba recebida, enquanto Record e SBT disputavam o segundo lugar.
Em 2018, a Globo recebeu R$ 5,93 milhões; Record R$ 1,308 milhão e o SBT recebeu R$ 1,1 milhão. Houve quebra do padrão em 2019, quando a Record assumiu a liderança ao receber R$ 10,3 milhões. SBT faturou R$ 7,3 milhões, deixando a Globo em último com R$ 7,07 milhões. Em comparação com 2018, o crescimento da verba publicitária da Record no primeiro trimestre de 2019 foi de 659%.
A Rede Record tem ligação com a Igreja Universal do Reino de Deus, comandada pelo bispo Edir Macedo. Macedo declarou apoio à candidatura de Bolsonaro em setembro do ano passado, durante a corrida presidencial.
O crescimento do SBT também foi significativo: entre 2018 e 2019, houve um aumento de 511% nas verbas recebidas. Embora tenha perdido a dianteira, a Globo também registrou crescimento de 19%.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto afirmou à reportagem da UOL que os pagamentos feitos em 2019 não têm relação com ações determinadas por Bolsonaro.
“Primeiramente, é necessário esclarecer que os valores indicados pelo jornalista se referem aos pagamentos realizados pela veiculação de campanhas publicitárias autorizadas e executadas em anos anteriores, e, portanto, sem relação com os investimentos previstos para a publicidade em 2019”, disse.
Segundo a assessoria, a estimativa de gasto da Secom para todo o ano é de R$ 100 milhões – foram gastos, até agora, R$ 75,5 milhões. Sobre o aumento no volume de repasses para Record e SBT, o órgão disse que “os pagamentos são feitos após a comprovação da veiculação e que eles são feitos por ordem cronológica”.
Com informações de UOL Política
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