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PF e MP encontram ligações entre miliciano morto e acusado da matar Marielle. Adriano da Nóbrega, ex-chefe do Escritório do Crime, fez transações em local luxuoso procurado por Ronnie Lessa, preso pela morte da vereadora

marielle franco
Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Marielle Franco, vereadora pelo PSOL no Rio de Janeiro que foi assassinada em março de 2018
Após 851 dias do assassinato de Marielle Franco, vereadora pelo PSOL no Rio de Janeiro, e seu motorista, Anderson Gomes, relatório conjunto da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) pode trazer novos capítulos para o caso, que busca explicações para o crime, como o mandante e as motivações. PF e MP apontam, pela primeira vez, ligação entre Adriano da Nóbrega, miliciano que chefiava o Escritório do Crime no Rio , era investigado e foi  morto na Bahia em meio à investigação sobre a morte de Marielle, e Ronnie Lessa, PM preso acusado de assassinar a vereadora.

O relatório afirma que o ex-chefe do Escritório do Crime usava um estabelecimento de carros luxuosos para compras e vendas de veículos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e que o acusado de matar Marielle teria feito pesquisas pelo local e enviado um homem de sua confiança para transações. Trata-se de Márcio Mantovano, autointitulado empresário que foi preso por desaparecer com armas de Lessa, PM da Reserva.

"O estabelecimento Garage Store é suspeito de transacionar com Adriano da Nóbrega, alvo da Operação Intocáveis, e foi pesquisado por Ronnie Lessa junto à ferramenta Google", diz o relatório da PF e do MP-RJ, obtido com exclusividade pelo UOL.

O documento diz ainda que homens ligados a Adriano da Nóbrega e Ronnie Lessa tinham relação próxima e frequentavam as mesmas festas no Rio. Os dois, porém, ainda não têm um elo direto, exceto a loja de carros de luxo e o fato de terem se conhecido quando ambos foram do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Adriano da Nóbrega , o 'Capitão Adriano', que chefiava grupo miliciano, era investigado por ter relação com a morte de Marielle, foi para local afastado da Bahia, supostamente para fugir, e foi morto em operação em fevereiro deste ano.

Ronnie Lessa , PM preso em março de 2019, é acusado de assassinar Marielle e Anderson Gomes, motorista.

Mantovano, homem de confiança de Lessa que frequentava o estabelecimento de carros de luxo, conhecido como 'Márcio Gordo', foi citado em gravação como um dos responsáveis pela morte da vereadora. Horas após a prisão de seu companheiro de milícia, Ronnie Lessa, Mantovano tentou invadir seu apartamento, possivelmente para eliminar provas.

A defesa de 'Márcio Gordo' confirma que ele tenha frequentado o estabelecimento usado para compras e vendas de veículos pelo Capitão Adriano, mas nega que ele tenha comprado carros no local, já que não teria "cacife" para isso, por se tratarem de carros luxuosos e caros. A Garage Store também diz, segundo o UOL, que nunca fez negócios com Lessa ou Mantovano.

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