Caminhada emagrece, sim, e ainda gera muitos outros benefícios ao corpo
Apesar de ser uma atividade física leve e muito benéfica para pessoas de diferentes idades e biotipos, é importante tomar cuidados antes de iniciar
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Caminhada deve ser realizada de 3 a 5 vezes por semana, de 20 a 60 minutos, mas também depende de cada pessoa
Na hora de escolher uma atividade física , a caminhada e a corrida muitas vezes aparecem como uma das primeiras opções pela facilidade com que se é possível praticar. Com um tênis e roupas adequadas, já é possível iniciar os treinos – e muitas vezes sem nem mesmo pagar uma academia –, mas se a pessoa escolheu por caminhar, depois de um tempo, rola aquela dúvida: gera benefícios mesmo?
De acordo com a coordenadora de musculação da Bio Ritmo Morumbi, Jessica Monteiro, a caminhada emagrece, sim, uma dúvida muito recorrente na internet, e também gera muitos outros benefícios, como manutenção da saúde, melhora da disposição, do condicionamento cardiorrespiratório e prevenção de doenças cardiovasculares e crônico-degenerativas.
“O recomendado é praticar caminhada de três a cinco vezes por semana, de 20 a 60 minutos. Porém, a duração está relacionada ao condicionamento do indivíduo e à intensidade do exercício. Se o exercício for mais intenso, ele pode durar menos, se ele for mais leve, pode durar mais. Além disso, a pessoa pode aumentar a intensidade conforme a atividade se tornar fácil de realizar”, explica a especialista.
Caminhar é uma atividade indicada para qualquer pessoa saudável ou após os 35 anos de idade, como afirma Jessica. Mas antes de iniciar qualquer exercícios físico novo o recomendável é sempre ouvir a opinião de um médico. “Além do exame clínico convencional, pode ser necessário, a critério médico, a realização do eletrocardiograma de esforço para avaliar mais detalhadamente as funções cardíacas de esforço do indivíduo.”
Tendo a liberação de um médico, é só iniciar a prática do caminhar, mas é necessário tomar alguns cuidados para evitar problemas e ter o máximo dos benefícios. Além de um bom tênis, apropriado para a atividade física, é indicado o uso de roupas com tecidos leves e confortáveis. Vale também realizar um breve aquecimento com alongamentos leves ou o próprio ato de caminhar, mas com baixa intensidade.
Além disso, uma boa alimentação e hidratação não podem ser esquecidas. Jessica recomenda consumir alimentos leves no mínimo 30 minutos antes, para dar energia para o exercício físico, e hidratar-se antes, durante e após a atividade.
“Há uma variação dos resultados do exercício para perda de peso, mas geralmente há uma resposta positiva relacionada a diminuição da massa de gordura. Lembrando que se a atividade estiver atrelada a uma alimentação balanceada os resultados podem ser potencializados."
Como devo começar a praticar caminhada?
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Antes de iniciar o exercício, é recomendável realizar um aquecimento com alongamento ou caminhada leve
Quem busca sair do sedentarismo com ajuda da caminhada pode começar com uma atividade de 10 a 15 minutos, de duas a três vezes por semanas, como indica a coordenadora da rede de academias Bio Ritmo. Depois, é só ir aumentando gradativamente, de acordo com a melhora do condicionamento físico.
"O ideal é começar com uma caminhada mais leve, com menos tempo de duração, e acrescentar de cinco a dez minutos por semana, e observar como o corpo se comporta durante a atividade e após o exercício, ou seja, se ficou muito cansado no mesmo dia ou até mesmo no dia seguinte."
Uma forma da pessoa avaliar se ficou muito cansada é pelos batimentos cardíacos. Se eles ficaram muito fortes, é sinal de que a atividade exigiu muito do organismo. Por outro lado, se deu até mesmo para conversar com outra pessoa durante o exercícios, é sinal de que é possível dificultar um pouco as coisas, aumentando a velocidade, quilometragem ou tempo, por exemplo.
Caminhada é melhor na rua ou na esteira?
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Caminhada pode ser realizada em diferentes ambientes, e a pessoa nem precisa estar matriculada em uma academia
Além dos diferentes benefícios que gera ao corpo, o ato de caminhar também é uma boa opção porque pode ser realizado em diferentes lugares e em diferentes solos. Sendo assim, uma nova dúvida pode surgir: o que é melhor, esteira ou rua?
De acordo com Jessica, a caminhada na rua exige mais da musculatura dos glúteos, panturrilhas e coxas. "Fatores como vento e variações de terreno podem aumentar o esforço em até 15%, e a pessoa tem maior possibilidade de contato com o meio externo, como praças, em contato com verde e natureza."
Já o benefício da esteira está no fato de algumas possuírem sistema de amortecimento, diminuindo o impacto e a chance de lesões – sim, até mesmo um simples caminhar pode gerar impactos ao corpo, por isso é importante passar por uma avaliação médica se a pessoa for realizar essa atividade com mais frequência e costuma ter dores em alguma região do corpo que será mais exigida na atividade física.
"Além disso, a máquina te impulsiona pra frente, tornando o esforço menor, ou seja, talvez seja possível realizar o exercício de caminhar por mais tempo. Você também não depende do clima para praticar a atividade", explica a especialista, lembrando que a chuva, neste caso, não vai servir de desculpa para ficar em casa.
E falando em "desculpas", a dica da coordenadora de musculação para não perder o foco nos novos hábitos é criar pequenas metas e, aos poucos, ir aumentando-as. Desta forma, você não vai exigir além do que seu corpo aguenta e nem se decepcionar com a falta de resultados.
"Convidar um amigo ou formar um grupo para caminhar também pode incentivar e aumentar os níveis de comprometimento do participante", explica a profissional.
Por fim, vale lembrar que a caminhada pode ser incluída como uma atividade do dia a dia, entre as tarefas que a pessoa precisa fazer. Por exemplo, ao voltar do trabalho, é possível descer em algum ponto de ônibus ou estação de metrô antes do normal para terminar o trajeto caminhando. Se for muito ruim, é só avaliar em quais momentos do dia é melhor incluir a prática. "Assim é possível economizar tempo e manter-se ativo", completa a especialista.
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