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Infraero "vai acabar", diz futuro ministro de Bolsonaro a jornal

A única dúvida, segundo Tarcísio Gomes de Freitas, é se a estatal será extinta ou privatizada como uma empresa voltada à administração de aeroportos
Marcelo Camargo/Agência Brasil
"[A Infraero] vai acabar", disse Tarcísio Gomes de Freitas, futuro ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro

O governo eleito de Jair Bolsonaro (PSL) quer conceder todos os aeroportos do Brasil à iniciativa privada e acabar, num prazo de aproximadamente três anos, com a Infraero, estatal que hoje administra essa rede. A declaração, concedida ao jornal O Estado de S. Paulo , é do futuro ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. 


"[A Infraero ] vai acabar", disse Freitas, que já foi diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. A única dúvida, segundo o ministro, é se a estatal será privatizada como uma empresa de administração de aeroportos ou se, ao final do processo, será extinta.

A Infraero vem enfrentado problemas financeiros desde o início do programa de concessões de aeroportos, no governo de Dilma Rousseff (PT). Desde então, terminais de grande movimento, como o de Brasília, Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), deixaram de fazer parte da base de aeroportos administrados pela empresa brasileira.

A estatal chegou a entrar como sócia em diversas dessas concessões , mas isso, num primeiro momento, acabou aprofundando seu problemas de caixa. De acordo com o futuro ministro de Bolsonaro, essas participações também serão vendidas no próximo governo.

Com o processo de privatização da Infraero, parte dos funcionários da estatal continuarão vinculados a ela, mas serão transferidos a uma nova empresa de controle aéreo. O restante já integra um programa de demissão voluntária , que está sendo bancado com os recursos obtidos a partir das concessões.


Segundo Freitas, cerca de mil funcionários estão sendo demitidos da empresa brasileira anualmente. No início do programa de concessões, a Infraero tinha 12 mil empregados; hoje, são apenas 9 mil.

Comando da Infraero
José Cruz/Agência Brasil
Tarcísio Gomes de Freitas confirmou que o brigadeiro Hélio Paes de Barros será o novo presidente da Infraero

O novo ministro também confirmou ao Estadão que o brigadeiro Hélio Paes de Barros será presidente da estatal e negou que a indicação tenha sido imposta pelos militares que cercam a administração do presidente eleito. "Foi escolha minha, não teve pressão nenhuma", declarou Freitas.

O ministro de Bolsonaro acrescentou que Barros, que hoje é de diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), "é um grande nome, que tem profundo conhecimento na área", e que foi escolhido por estar alinhado aos planos do governo eleito para acelerar as privatizações.


O programa de concessões será reforçado por Martha Seillier, atual chefe da assessoria especial da Casa Civil da Presidência, que será diretora da Infraero . A economista, que já atuou na área de formulação de políticas para a aviação civil no Ministério da Defesa, foi diretora de regulação e concorrência da Secretaria de Aviação Civil.

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