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Menos de 2% das universidades brasileiras tiram nota máxima em avaliação do MEC

Segundo avaliação do INEP, apenas 34 das 2.066 instituições de ensino superior obtiveram conceito máximo no Índice Geral de Cursos do MEC. Veja
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Unicamp foi uma das universidades públicas avaliadas com o Ministério da Educação com nota máxima na avaliação do Inep

O Ministério da Educação (MEC) divulgou na manhã desta terça-feira (18) o resultado da avaliação realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) feita com as Instituições de Ensino Superior (IESs) brasileiras e revelou que das 2.056 analisadas, apenas 34 (1,6%) obtiveram o conceito máximo no Índice Geral de Cursos (IGC), o indicador que avalia a qualidade dos estabelecimentos que oferecem cursos de graduação e pós-graduação no Brasil.


Das 34 instituições que obtiveram nota 5 na escala que vai de 1 a 5 do Ministério da Educação , 16 são públicas – sendo 14 federais e duas estaduais – e 18 são privadas. Elas estão concentradas nos estados de Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal, ou seja, em todos os demais 19 estados do Brasil, incluindo toda a região Norte e Nordeste, não há nenhuma instituição de ensino superior com o conceito máximo do MEC.

O número permaneceu praticamente estável em relação ao divulgado no ano passado pelo Inep, quando 31 instituições alcançaram a nota máxima no índice (1,5% do total em 2016). 


Na outra ponta, dez universidades brasileiras tiveram nota 1 e 268 tiveram nota 2 e ficaram abaixo do limite de qualidade estabelecido pelo Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Sinaes). Na prática, essas instituições de ensino superior que tiveram desempenho insatisfatório devem passar a ser acompanhadas mais de perto pelo MEC e podem chegar até a perder sua licença para continuar oferecendo cursos.

"Se ele tirar uma nota 1 e 2, passa por todo um processo de supervisão que pode ensejar em redução de vaga, suspensão de processo seletivo e até em um eventual descredenciamento. Isso acende a luz amarela para o MEC, que já fica de olho naquela instituição. Ao mesmo tempo atrapalha a imagem dela porque é feito um ranking com esse indicador", explicou Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo).

A maioria da instituições, no entanto, teve conceito 3 (66% do total). 


O IGC é calculado anualmente e considera: as notas dos cursos de graduação e pós-graduação obtidas de cada instituição nos três últimos anos; as notas dos programas de mestrado e doutorado a partir de dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); e a distribuição dos alunos nos diferentes níveis de ensino – graduação, mestrado ou doutorado.

As notas dos cursos, especificamente, levam em consideração o desempenho no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), mas nem todas as instituições estaduais são obrigadas a se submeter à avaliação, como é o caso da Universidade de São Paulo (USP). Por isso, essas universidades não constam no levantamento do Inep , uma autarquia do MEC.

Com as notas do Enade, a qualidade de cada curso superior oferecido pelas instituições também pode ser mensurada através do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que também varia de 1 a 5. Além da avaliação no Enade, porém, o cálculo também leva em consideração: a diferença entre o desempenho observado e o desempenhoe sperado; as características do corpo docente; e as condições oferecidas pela instituição para o desenvolvimento do processo formativo.

Os cursos avaliados, no entanto, variam de ano pra ano e os escolhidos na edição de 2017 foram os de licenciatura e bacharelado em: arquitetura e urbanismo, artes visuais, ciência da computação, ciências biológicas, ciências sociais, educação física, engenharia, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de alimentos, engenharia da computação, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica, engenharia química, filosofia, física, geografia, história, letras (inglês), letras (português), letras (português e espanhol), letras (português e inglês), matemática, música, pedagogia, química e sistema de informação.

Dessa forma, houve uma melhora no índice em relação a avaliação feita dos cursos das áreas de saúde e ciências agrárias em 2016. Dos 10.210 cursos avaliados, só 2,3% obtiveram conceito 5 (231), uma melhora razóavel, mas ainda tímida em relação aos 1,93% (81) do ano passado.


Além disso, o Ministério da Educação também divulgou que 36,3% dos tiraram nota 24 52% dos cursos obtiveram conceito 3, 9,1% entraram na faixa 4 e 0,4% tiraram apenas nota 1.


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