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Bolsonaro afirma que estuda acabar com a Justiça Trabalhista

Em entrevista ao SBT Brasil, presidente disse que casos têm que ser julgados na Justiça comum
Bolsonaro
Jair Bolsonaro / Crédito: Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), em entrevista ao SBT Brasil, afirmou que estuda acabar com a Justiça do Trabalho e que pretende aprofundar a reforma trabalhista — sem retirar direitos dos trabalhadores.

Bolsonaro respondeu da seguinte maneira à pergunta se ele pretendia enviar uma proposta para acabar com a Justiça Trabalhista: “isso daí, a gente poderia até fazer, está sendo estudado, em havendo clima, nós poderemos discutir essa proposta e mandar pra frente”.

“Qual país do mundo que tem [Justiça do Trabalho]? Tem que ser justiça comum. Tem que ter a sucumbência. Quem entrou na Justiça, perdeu, tem que pagar. Temos mais ações trabalhistas do que o mundo todo junto. Então algo está errado. É o excesso de proteção”, afirmou.

Apesar da declaração do presidente, o dado sobre o número de ações em relação ao resto do mundo não é verificável. Além disso, há Justiça do Trabalho em países como Israel, Alemanha, Inglaterra, Suécia, Noruega e Finlândia.

Sobre a reforma da Previdência, Bolsonaro afirmou que pretende aproveitar o projeto da reforma da Previdência que já está na Câmara dos Deputados. “Vamos rever alguma coisa porque a boa reforma é aquela que passa na Câmara e no Senado e não a que está na minha cabeça ou da equipe econômica”, disse.

Bolsonaro diz que pretende alterar, progressivamente, até 2022, a idade mínima para aposentadoria para 62 anos para homens e 57 anos para mulheres. “E o futuro presidente reavaliaria essa situação e botaria para o próximo governo, de 2023 até 2028, para passar para 63, 64 [anos]. Essa é a ideia”, afirmou.

Perguntado sobre a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores públicos, Bolsonaro afirmou que não pretende aumentá-la. “Acredito que não seja necessário fazer isso daí. Onze por cento está de bom tamanho.”

Queiroz, o ex-assessor do filho

Sobre o caso de Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual pelo Rio de Janeiro e senador eleito Flávio Bolsonaro, o presidente afirmou que o ex-funcionário deve responder pelos seus atos.

“Não tenho nada a ver com essa história. Tenho apenas não um cheque, mas 10 cheques de R$ 4 mil. Conheço ele desde 1984, foi meu soldado na brigada paraquedista. Depois foi trabalhar no gabinete do meu filho deputado estadual. Sempre gozou de minha confiança e em mais de uma vez já emprestei dinheiro para ele. Já emprestei para outros funcionários também – eu dou essa liberdade, não vejo nada de mais nisso e não cobro juros”, disse o presidente.

“Ele falou que vendia carros. Eu sei que ele fazia rolo. Agora ele vai ter de responder. Movimentação atípica não quer dizer que seja ilegal. Não são R$ 1,2 milhão, são R$ 600 mil. Se tiver algo errado que pague a conta quem cometeu esse erro”, disse.

Segundo Bolsonaro, o sigilo bancário de Queiroz foi quebrado sem autorização judicial. “E outra: a potencialização dele e em cima do meu filho foi para me atingir. Está mais do que claro. Um absurdo, porque outros servidores vinculados a gabinetes que movimentaram até R$ 20 milhões não sofreram qualquer desgaste junto à mídia. Mas não tem problema, estou acostumado a ser tratado por parte da mídia desta maneira”, afirmou, citando o caso de uma ex-funcionária de seu gabinete que vendia açaí em Angra dos Reis.

Questionado se o ex-funcionário continua a gozar de sua confiança, o presidente disse que não pretende conversar com ele. “Se eu for conversar com ele, vão falar que estou tentando aconselhar de alguma coisa ou outra”, disse.

Fonte: https://www.jota.info/

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