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Corte no Bolsa Atleta prejudica base e jornalista analisa: “Não se mantém sem patrocínio estatal”

Redução de mais de 50% no valor investido foi feito no fim do ano passado e atletas em formação foram os principais afetados

Bolsa atleta — Foto: Divulgação

O Bolsa Atleta é um programa estatal criado em 2004 para estimular o esporte no Brasil e, pelo segundo ano consecutivo, passa por cortes no orçamento. A iniciativa atende desde a base até atletas de ponta e é, muitas vezes, a única fonte renda dos esportistas - pricipalmente entre os mais novos. Além de reduzir o investimento, o programa também diminuiu o número de pessoas assistidas em quase 60%.

O jornalista Rodrigo Capelo, no “Redação SporTV”, explicou a importância do investimento público nas categorias de base. Segundo ele, também existe a necessidade de mudança nas receitas dos atletas de elite.

- O esporte de base não se sustenta sem patrocínio estatal. A gente tem que criar um modelo que ele consiga se sustentar com patrocínio, direito de transmissão, alguém vende e volta para ele. Esse mercado é muito cru no Brasil. O mercado olímpico aqui não conseguiu se estruturar e na base nunca vai existir, porque nunca vai ter um patrocinador que vá colocar o dinheiro nas crianças.

Convidado do programa, Carlos Eduardo Éboli também falou da necessidade do estímulo ao esporte durante a juventude, mas mostrou ser contra a política assistencialista do governo.

- Tão ruim quanto perder o Bolsa Atleta é ser refém dela. O esporte brasileiro não pode ser refém de doação. Você tem que construir estruturas. Sou muito crítico a essa política de bolsas. A gente precisa estimular e dar condição para o ser humano se desenvolver, precisa dar trabalho para a população ser produtiva e fazer a economia girar. Precisamos dar base, estrutura e conhecimento para o jovem ser introduzido no esporte e nessa estrutura fazer ele crescer, se transformar em profissional e assim ganhar o seu salário.

Guilherme Roseguini, outro jornalista convidado do “Redação”, ainda apontou que o esporte brasileiro nunca teve um planejamento qualificado para a base. Para ele, o programa era uma forma de auxiliar os atletas mais novos a se sustentarem na profissão.

- Nós não temos um modelo de gestão de esporte de base no Brasil. Nunca tivemos, sempre fomos muito mal. O Bolsa Atleta dava no mínimo uma chance para esse cara. Sempre dependemos de geração espontânea.

Em treze anos de existência o programa já gastou mais de 1 bilhão de reais distribuídos entre milhares de atletas.

Fonte: https://sportv.globo.com

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