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Major da PM e mais 4 são presos em operação contra milícia que age em grilagem de terras no RJ

Grupo agia na região das comunidades de Rio das Pedras e da Muzema, na Zona Oeste do Rio, segundo investigação do Ministério Público.
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Ministério Público e Polícia realizam operação contra milícia e grilagem de terras

Uma força-tarefa do Ministério Público e da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta terça-feira (22), cinco suspeitos de integrar uma milícia que age em grilagem de terras. Entre eles, está um major da PM e um tenente reformado. Outras oito pessoas são procuradas (veja lista abaixo).

O grupo é suspeito de comprar e vender imóveis construídos ilegalmente na Zona Oeste do Rio, além de crimes relacionados à ação da milícia nas comunidades de Rio das Pedras, Muzema e adjacências, como agiotagem, extorsão de moradores e comerciantes, pagamento de propina e utilização de ligações clandestinas de água e energia.

Denunciados e presos

1. Maurício Silva da Costa, o tenente reformado Maurição, Careca, Coroa ou Velho - preso
2. Ronald Paulo Alves Pereira, o major da PM conhecido como Major Ronald ou Tartaruga; segundo as investigações, é chefe da milícia da Muzema e grileiro nas regiões de Vargem Grande e Vargem Pequena - preso
3. Laerte Silva de Lima - preso
4. Manoel de Brito Batista, o Cabelo - preso
5. Benedito Aurélio Ferreira Carvalho, o Aurélio - preso
6. Adriano Magalhães da Nóbrega, o capitão Adriano ou Gordinho;
7. Daniel Alves de Souza;
8. Fabiano Cordeiro Ferreira, o Mágico;
9. Fábio Campelo Lima;
10. Gerardo Alves Mascarenhas, o Pirata;
11. Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba;
12. Júlio Cesar Veloso Serra;
13. Marcus Vinicius Reis dos Santos, o Fininho.

O major Ronald foi homenageado em 2004 pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro, que propôs moção de louvor. Um foragido, o capitão Adriano, também recebeu a mesma comenda do filho do presidente um ano antes.


Equipes da força-tarefa estão em endereços da Zona Oeste do Rio, nas favelas de Rio das Pedras e da Muzema e nos bairros da Barra, Recreio, Vargem Grande e Vargem Pequena.

Além dos mandados de prisão, são cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços dos denunciados e de algumas empresas relacionadas ao grupo criminoso. Num condomínio no Recreio, uma equipe apreendeu dois celulares.
Ronald Paulo Alves Pereira, major da PM, chega preso à Cidade da Polícia — Foto: Reprodução/GloboNews

Investigações

Segundo a denúncia, capitão Adriano, major Ronald e o tenente Maurição são os líderes da organização, e Beto Bomba, presidente da Associação de Moradores de Rio das Pedras, conquistou o cargo a partir de ameaças e uso de força.

Os promotores afirmam que a entidade presidida por Beto Bomba concentra as transações de compra e venda dos imóveis construídos ilegalmente e a manipulação de documentos necessários à concretização de operações ilícitas.

Beto Bomba, ainda de acordo com a denúncia, possuía informações privilegiadas sobre operações policiais realizadas nas localidades dominadas, sempre alertando seus subordinados com antecedência.

As investigações foram realizadas por meio de escutas telefônicas e notícias de crimes, recebidas pelo canal Disque Denúncia.

Crimes investigados

  • Grilagem, construção, venda e locação ilegais de imóveis;
  • Receptação de carga roubada;
  • Posse e porte ilegal de arma;
  • Extorsão de moradores e comerciantes, mediante cobrança de taxas referentes a ‘serviços’ prestados;
  • Ocultação de bens adquiridos com os proventos das atividades ilícitas, por meio de ‘laranjas’;
  • Falsificação de documentos;
  • Pagamento de propina a agentes públicos;
  • Agiotagem;
  • Utilização de ligações clandestinas de água e energia;
  • Uso da força como meio de intimidação e demonstração de poder, para manutenção do domínio territorial;
  • Corrupção ativa.

Equipe da Polícia Civil chega a condomínio no Recreio dos Bandeirantes — Foto: Reprodução/GloboNews

Por Leslie Leitão, Edivaldo Dondossola e Narayanna Borges, TV Globo e GloboNews

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