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Os pobres voltaram à condição de invisíveis


O Brasil também tem um pouco de Uganda, país com um dos piores indicadores sociais do mundo

Já escrevi artigo relatando que existe uma Uganda aqui no Brasil. Que os 20% mais pobres no nosso país representam quase a mesma população e a mesma renda per capita de Uganda, um dos países mais pobres do mundo.
Durante a semana um novo dado foi publicado. Metade da população brasileira vive com no máximo R$ 413 por mês. É assustador o número de pessoas excluídas que o país e a política insistem em não ver.
Poucos dias após a publicação desse dado ninguém fala mais dele. A pauta política está tomada pelo pacote econômico do ministro Paulo Guedes, a decisão do STF sobre prisão em segunda instância e a liberdade do ex-presidente Lula.
Os pobres voltaram à condição de invisíveis, como se tudo fosse mais importante do que diminuir a desigualdade e a pobreza.
Enquanto a política se resume num debate sobre Lula preso ou Lula solto, seguimos sendo um país sem plano para os miseráveis e excluídos. Ninguém que falar nisso.
Esses milhões de brasileiros estão quietos, famintos, desesperados, sem voz. Não fazem memes na internet, não mobilizam hashtags para os trend topics. Seguem invisíveis, enquanto a classe média vocifera pela internet exigindo um país justo e digno para si.
Aos discursos políticos, aos projetos eleitorais e aos pacotes econômicos no Brasil, falta gente! Falta preocupação com os pobres. Falta combate às desigualdades. Falta amor ao próximo. Sobra demagogia. Sobra falso moralismo.
É hora de voltamos nossos olhos para o pai e mãe desempregados, para a criança sem comida e sem escola, para o idoso sem um teto pra morar. É hora de voltamos olhos para o que interessa.

Mesmo num ambiente tão contaminado na política, não me deixarei contaminar, seguirei dando centralidade no mandato a proteção dos empregos, doa setores produtivos nacionais e ao combate às desigualdades.

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