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‘Atitudes de Bolsonaro fizeram com que mais pessoas morressem’, diz diretor da Associação Médica Mundial

Miguel Roberto Jorge também criticou a postura do Conselho Federal de Medicina em relação a medicamentos como cloroquina e ivermectina

Miguel Roberto Jorge (Foto: Unifesp/Reprodução)

O diretor da Associação Médica Mundial (AMM), Miguel Roberto Jorge, afirmou em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, publicada nesta quarta-feira (3), que parte do avanço da pandemia no Brasil se atribui às posturas do presidente Jair Bolsonaro.

O médico psiquiatra e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) destaca que Bolsonaro e outros integrantes do governo minimizaram os riscos de aglomeração, frequentaram locais públicos sem máscara e criticaram medidas de isolamento social. 

“Se tivesse tido conduta sensata e alinhada com o que os experts em saúde e profissionais de Medicina, teríamos menos mortes. Essas atitudes fizeram com que mais pessoas se expusessem, se infectassem e morressem”, afirma o profissional.

Miguel Roberto Jorge também criticou a postura do Conselho Federal de Medicina (CFM) que, segundo ele, deveria ter adotado uma postura mais firme em relação aos medicamentos que não têm eficácia comprovada contra a Covid-19.

“O CFM, no começo da pandemia, emitiu nota oficial sobre o tema basicamente considerando que não havia evidências, especificamente sobre cloroquina, mas o médico não estaria sendo antiético. Se algo justificou essa infeliz nota naquele momento porque havia dúvidas, assim como sabíamos muito menos a respeito da Covid, nos meses que se seguiram e com inúmeros estudos foram publicados, o CFM deveria ter emitido nova nota atualizada, afirmando que não havia estudo que embase uso nas fases precoces”, afirmou o médico.

No dia em que o Brasil bateu recorde no número de mortes pela Covid-19 – com 1.641 em 24 horas (1.726, segundo consórcio de imprensa) -, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) se eximiu da culpa e relativizou o avanço da pandemia no país, dizendo que “há outros países, com IDH, renda e orçamento melhor do que o meu que tem mais gente morrendo por milhão de habitantes”.

Fonte: https://revistaforum.com.br/

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