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CPI: Ex-secretário diz ter sido contra revogação de medidas restritivas no AM


Divulgação/Agência Senado/Edilson Rodrigues
Ex-secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo depõe nesta terça-feira (15)

O ex-secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo , disse que o governador Wilson Lima (PSC) revogou o decreto de medidas restritivas no estado contra a vontade da secretaria de saúde antes da crise de oxigênio que atingiu Manaus no início do ano. Campêlo depõe à CPI da Covid no Senado nesta terça-feira (15).

Quando foi questionado pelo vice-presidente da Comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), sobre qual era a posição da secretaria em relação à revogação do decreto, Campêlo disse que era a de manutenção, mas que "o decreto é do governador e ele revogou".  Veja:


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Campêlo contradisse o ex-ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, ao falar sobre a crise do oxigênio de Manaus. As datas informadas, em depoimento à CPI, não batem. Pazuello alegou só ter sido informado do problema no dia 9 e Campêlo diz que ligou para o general no dia 7 de janeiro. Veja:



"No dia 7 foi a ligação para pedir apoio logístico de Belém para Manaus. No dia 10 informei sobre a preocupação com as entregas [de cilindros de oxigênio] da White Martins. A partir do dia 11 o ministério começou a tratar diretamente com a White Martins", disse Campêlo ao responder o relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) sobre o dia em que informou Pazuello sobre a crise do oxigênio em Manaus.

O ex-secretário da Saúde do Amazonas chegou a  dizer que só faltou oxigênio em Manaus durante dois dias. Os senadores rebateram a informação com veemência, já que os números de mortes de janeiro apontam para uma crise que durou durante todo o mês.

Pedidos de ajuda ao Ministério não tiveram resposta

No início de seu depoimento, o ex-secretário de Saúde do Amazonas disse que solicitou ajuda do Ministério da Saúde para Manaus em dezembro de 2020. Campêlo disse que, no início de 2021, também enviou ofícios pedindo ajuda para aquisição de oxigênio, mas que o Ministério não teria respondido.

"No dia 31 de dezembro, pedimos o apoio, via ofício, ao Ministério da Saúde, pedindo a presença da Força Nacional de Saúde no estado do Amazonas, para apoiar. Também solicitamos diversos apoios, para recursos humanos, medicamentos e equipamentos", afirmou o ex-secretário de Saúde do estado.  Veja:

Questionado sobre a atuação do Governo Federal na crise do oxigênio, Campêlo disse que os pedidos de ajuda não foram respondidos.

"Vossa excelência disse que mandou correspondências para o Ministério da Saúde. A Pfizer mandou 83 correspondências e eles [o Governo Federal] não responderam nenhuma. Qual foi o comportamento do governo federal no estado do Amazonas?", perguntou o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM).

"Não tenho conhecimento se houve resposta. Acredito que não. Não houve resposta, que eu saiba. Enviamos ofícios ao ministro Pazuello, via comitê de crise, nos dias 9, 11, 12 e 13", respondeu Campêlo.

Em outro momento, Campêlo também afirmou que fez tudo o que foi possível com os recursos financeiros que dispunha . O foco do depoimento é a crise do oxigênio que atingiu o Amazonas no início do ano e a suposta corrupção no governo na contratação de serviços para a saúde.

Investigação da PF

Campêlo foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), a 4ª fase da Operação Sangria, no dia 02 de junho. Os agentes prenderam o então secretário na casa do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). Ele ficou preso por cinco dias, quando pediu exoneração do cargo.

A Operação Sangria tinha como foco a investigação de supostas irregularidades durante a pandemia . Compras de respiradores e na prestação de serviços ao Hospital de Campanha Nilton Lins, fraudes em licitações e possíveis desvios de recursos públicos estavam 'na mira' da PF. Na última semana, a comissão parlamentar de inquérito aprovou a quebra de sigilo telefônico e telemático de Campêlo.

Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/

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