Vídeo de 2018 mostra Bolsonaro dizendo ser contra privatizar Eletrobras

Um vídeo de 2018 divulgado na sexta-feira (18) pelo deputado Glauber Braga (Psol-RJ) mostra Jair Bolsonaro, ainda candidato, dizendo ser contra a privatização da Eletrobras.
"A questão da energia elétrica no Brasil, isso simplesmente é estratégico, é vital. País sério nenhum do mundo faz isso. Entregar isso para outros países. Eu sou favorável a privatizar muitas coisas no Brasil, mas a questão energética, não. Você está tirando das mãos de uma estatal brasileira para entregar nãos mãos de uma estatal chinesa, ou seja, eles vão decidir o preço da nossa energia e, com certeza, onde chegará essa energia. Ganhando dinheiro e decidindo uma questão estratégica como essa. Não podemos aceitar isso daí, espero que o Brasil dure até o final de 2018 pra que a gente possa mudar isso em 2019, tá ok? ", diz Bolsonaro no vídeo.
No mesmo vídeo, Glauber faz críticas ao presidente e convoca a população para as manifestações marcadas para este sábado (19) em todo o país.
Eletrobras
Na quinta-feira (17) o Senado aprovou, por 42 votos a 37, a Medida Provisória 1031/2021, que abre caminho para a privatização da Eletrobras. A Casa aprovou a terceira versão do parecer do relator, senador Marcos Rogério (DEM-RO).
O texto deve ser apreciado pela Câmara já na próxima segunda-feira (21) em uma sessão extraordinária. O compromisso de levar o texto a apreciação foi assumido pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL) durante reunião de líderes ainda na quinta-feira.
Senadores da oposição, da base e independentes criticaram duramente o texto votado e o açodamento das discussões.
A tentativa de privatização da estatal vem desde o governo Fernando Henrique, em 1995. O tema foi esvaziado durante a gestão petista, que enfrentou a crise hídrica em 2001 e decidiu por investir na Eletrobras para viabilizar projetos como a usina de Belo Monte. Já no governo Michel Temer, em 2018, a desestatização voltou a ser debate com projeto de lei assinado pelo presidente que autorizava a venda de ações da empresa, mas o texto não teve andamento no Congresso.
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