O estudo argumenta que nossos círculos sociais não são escolhidos aleatoriamente
Seus amigos não são apenas pessoas de quem você gosta: nós temos a tendência de fazer amizade com pessoas com genes parecidos ou complementares aos nossos, sugere um novo estudo publicado nos Estados Unidos.Pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que características de grupos de genes eram compartilhadas entre amigos, mesmo após levar em conta a predisposição de que a amizade aconteça geralmente dentro da mesma área geográfica. A equipe analisou dados de dois estudos independentes norte-americanos em que os entrevistados identificavam seus amigos ao longo de um período que varia entre seis e 32 anos.
“Isso certamente embaça ainda mais a linha entre natureza e criação”, diz o autor do estudo James Fowler, professor de genética e ciência política. “Nós mostramos que nosso meio, em parte, é baseado nos genes dos nossos amigos. O que o estudo traz à tona é que a genética de terceiros é parte do que afeta o meio em que vivemos”.
Ao mapear marcadores genéticos específicos dentro da rede social de cada entrevistado, os cientistas descobriram que os indivíduos tendem a criar amizade com aqueles com quem compartilham dois dos seis marcadores analisados.
Por exemplo, aqueles que têm o marcador DRD2, que é associado ao alcoolismo, se mostraram propensos a se unir a outros com o mesmo marcador, enquanto aqueles sem o gene se uniram a outros com a mesma característica. Fowler diz que esta situação demonstra a “homofilia”, termo sociológico que significa o “amor pelo semelhante
"Nós queríamos saber se isso era verdade não apenas socialmente, mas também biológica e geneticamente”, afirma. “Faz sentido, porque sabemos que existem genes associados ao desempenho social”.
Opostos
Mas os cientistas se disseram surpresos ao descobrir que os indivíduos também tendem a fazer amizade com aqueles com traços opostos, mas complementares aos seus. Pessoas com um gene conhecido como CYP2A6, que é associado a uma personalidade expansiva, tendem a ser amigos de outros em que o genótipo não está presente.
Essa associação negativa, chamada heterofilia, é a definição de “os opostos se atraem”, afirma Fowler. Ela afeta inclusive a escolha de parceiros afetivos, indicando que em geral as pessoas procuram alguém com um sistema imunológico diferente, mas complementar ao seu, para assim maximizar sua própria saúde.
O estudo, publicado na última edição online de Proceedings of the National Academy of Sciences, argumenta que nossos círculos sociais não são escolhidos aleatoriamente, mas determinados, pelo menos em parte, pela genética.
“Nós nunca soubemos, até agora, que havia essa correlação entre amigos”, diz Fowler. "Nós vivemos em um mar de genes alheios. Não deveríamos pensar apenas no impacto que nosso próprio material genético tem em nossas vidas, mas também no impacto causado pelos genes de nossos amigos”.
Ting Wu, professora de genética na Universidade de Harvard, considera o estudo “empolgante” porque a matéria vem sendo abordada de forma “muito restrita” há muitas décadas. “Somos treinados a pensar em genes de uma maneira específica”, afirma. “Agora temos o tempo e o privilégio de procurar fenômenos que ainda não estudamos”. “Faz sentido que aquilo que nos faz ser como somos pode influenciar em como escolhemos nossos amigos”, completou. “Nós sabemos que nossos amigos nos influenciam”.
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