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Sexo é saúde

Sua vida entre os lençóis pode ser um indício de seu bemestar no dia-a-dia. Conheça alguns problemas que afetam homens e mulheres, na cama ou fora dela, e veja por que é essencial discutir essa relação
Sexo é tão vital para a saúde quanto comer, dormir e fazer exercícios, garantem médicos e psicólogos. Até a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) dá destaque ao tema, colocando a atividade sexual como um dos índices que medem o nível de qualidade de vida. A verdade é que, entre outras coisas, a prática alivia as tensões, ajuda no combate à depressão, revitaliza o corpo, estimula a mente e ainda queima calorias (cerca de 300 por hora!), pois se trata de um excelente exercício aeróbico e anaeróbico. Uma das responsáveis por esse saudável turbilhão é a endorfina - substância liberada durante o ato -, que mexe com os mecanismos cerebrais que controlam o humor, a resistência ao stress e à dor e, principalmente, as sensações de prazer.

"Saúde e sexo são praticamente sinônimos. Quem possui uma vida saudável apresenta um desempenho sexual satisfatório. As pessoas que têm relações com regularidade conseguem equilibrar seus hormônios e estimular suas potencialidades. Conseqüentemente são mais felizes com elas mesmas", afirma Carmita Abdo, psiquiatra e coordenadora do Prosex - Projeto de Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo.
O brasileiro é muito bem informado sobre doenças sexualmente transmissíveis e aids, mas só isso não basta. Os números apontam: 1/3 das mulheres e não mais do que 40% dos homens fazem uso correto da camisinha

Acontece que muita gente não relaciona os problemas de sexo com os de saúde. E isso muitas vezes compromete a satisfação entre os lençóis e adia até mesmo o diagnóstico de uma doença mais séria. "Ainda existe um grande grau de desconhecimento nessa área. No homem, por exemplo, a disfunção erétil pode revelar distúrbios físicos ou emocionais, como hipertensão, diabetes, cardiopatias, depressão", diz Fernando Martins (SP), urologista e gerente- médico do laboratório Lilly.

Raio X do brasileiro

A fim de desvendar o que se passa na cabeça - e na cama - do brasileiro, Carmita Abdo, uma das maiores autoridades em sexualidade no país, coordenou uma grande e inédita pesquisa, que se transformou no livro Descobrimento Sexual do Brasil - para Curiosos e Estudiosos, lançado no mês passado pela Summus Editorial.
Utilizando dados científicos - obtidos em um levantamento com 7.103 pessoas de todas as regiões do país, que responderam a mais de 80 questões -, ela abordou temas como hábitos sexuais, desejo, orgasmo e doenças sexualmente transmissíveis. "O estudo mostrou que metade da população masculina e feminina tem queixas sexuais", informa a psiquiatra.
A seguir você confere alguns dados desse estudo. A partir daí, poderá refletir sobre sua própria situação. E, se for o caso, procurar um especialista para fazer os ajustes necessários.
ORIENTAÇÃO SEXUAL
96,7% das mulheres e
92% dos homens consideram-se heterossexuais

2,4% das mulheres e
6,1% dos homens, homossexuais
0,9% das mulheres e
1,8% dos homens, bissexuais
Capacidade de obter e/ou manter a ereção
Em resumo: 45,1% dos homens
brasileiros têm algum grau
dedisfunção erétil (DE).
O impacto da impotência


Um outro estudo inédito, também divulgado recentemente, procurou avaliar como as mulheres encaram a impotência sexual masculina e o que pensam a respeito de medicamentos (como Viagra, Cialis ou Levitra) que combatem o problema. "De 45% de homens com algum grau de disfunção erétil, apenas 15% procuram tratamento. Isso, depois de três anos, em média, convivendo com o distúrbio. Algumas vezes é a parceira quem motiva a consulta", conta Sidney Glina, urologista e diretor do Instituto H. Ellis, de São Paulo. Foram ouvidas 2.100 brasileiras, com idades entre 18 e 65 anos. Confira:
Quantas relações sexuais você costuma ter? 
Três ou mais por semana 45%; uma a três por semana 33%; uma a cada 15 dias 18%; uma por mês 3%; menos de uma por mês 1%.
Seu parceiro utiliza recursos para melhorar o desempenho sexual? 
Não 81%; não sabe12%; sim 7%. Do grupo que disse sim, 35%respondeu que o tratamento se dá por meio de remédios.
O sexo melhorou depois que ele passou a usar o medicamento?
Sim 82%. Por quê? O homem ficou mais seguro 30%; mais interessante23%; mais calmo19%.

Situações que interferem negativamente no desempenho
Mulheres
Homens
Cansaço
57,3%
50,1%
Atividades diárias
34,3%
28,1%
Pouco tempo
26,2%
19,4%
Parceiro(a) antigo(a)
24,6%
27,3%
Ansiedade
21,4%
24,9%
Sexo com programação
20,7%
16,4%
Falta de atração
15,8%
17,2%
Medo de falhar
6,2%
18,4%
Parceiro(a) pouco experiente
10,1%
13%
Dificuldades sexuais do(a) parceiro(a)
9,9%
14%
Parceiro(a) recente
9,5%
6,4%
Exigências do(a) parceiro(a)
8,9%
8,9%
'Compromisso' no relacionamento
5,5%
6,4%
Parceiro(a) mais experiente
5,7%
6,3%
Falta de aceitação dos 'outros' da sua orientação sexual
2,3%
2,8%
Não-aceitação da própria orientação sexual
2,3%
2,1%

PARA TER MAIS PRAZER
Cuide da saúde: diabetes, hipertensão, problemas cardíacos e deficiências hormonais, assim como ansiedade e depressão são inimigos do sexo. Melhore sua comunicação sexual. E seja 'didático', ou seja, fale claramente o que gosta e o que não gosta na cama, revele seus desejos e inseguranças. Não descuide da aparência. Não perca o respeito pelo próprio corpo. Evite a rotina e não torne a relação sistemática e previsível. Solte a imaginação e diversifique com fantasias e brincadeiras. Não leve problemas do dia-a-dia para a cama. Se não for possível se desligar deles, melhor deixar o sexo para outra hora. Tenha bom senso para não responsabilizar o outro pelos seus fracassos. Anote: férias, exercícios, sexo, tempo, alimentação e fantasia são 'prescrições médicas' para se obter satisfação sexual. Esqueça regras rígidas. Cada casal é único e deve criar suas próprias diretrizes.
TIPOS DE DIFICULDADE NO INÍCIO DA VIDA SEXUAL

HOMENS 
Não controlar a ejaculação 40,6% 
Não conseguir parceira 38,1% 
Não satisfazer a parceira 17,3% 
Não atingir o orgasmo 11,3% 
Não manter a ereção 9,7% 
Não ter ereção 8,4% 
Não se excitar 8,4% 
Orientação sexual indefinida 5,4% 
Não aceitar a orientação sexual 3,9% 
Não ter vontade de sexo 2,2%


MULHERES 
Não atingir o orgasmo 58,6%
Não se excitar 25,1% 
Não ter vontade de sexo 17%
Não satisfazer o parceiro 7,7%
Não conseguir parceiro 7% 
Orientação sexual indefinida 2,3%
Não aceitar a orientação sexual 1,4%

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