7 Mitos da medicina nos quais até os médicos acreditam
Um estudo publicado na Grã-Bretanha, em 2007, levantou uma questão que
preocupa os profissionais da área: mitos e ideias do senso comum, a
respeito de saúde, que romperam a esfera da crença popular, e até os
médicos passaram a acreditar. Confira sete destes mitos:
7 – Raspar os pelos os faz crescer mais rápido, duros e crespos
Já em 1928, um estudo resolveu fazer a comparação entre pelos
raspados frequentemente e pelos deixados por fazer, e descobriu que não
existe diferença nenhuma. O que dá essa impressão é o fato de que as
frequentes raspagens vão paulatinamente desgastando apenas as pontas da
barba. Quem não deixa crescer muito e só costuma ver a ponta da barba
acaba achando que ela está crescendo mais grossa.
6 – Devemos beber no mínimo dois litros de água por dia
Uma das clássicas receitas para a boa saúde é manter a hidratação,
bebendo no mínimo dois litros de água por dia. Não existe, no entanto,
nenhuma evidência médica de que precisemos de uma dose tão alta assim. O
necessário são dois litros de fluído, mas nessa conta também entram
quaisquer outras bebidas, além de frutas e verduras, o que diminui a
exigência de água.
5 – Unhas e cabelos ainda crescem após a morte
Isso é fisicamente impossível. A impressão que temos ao ver um
cadáver de unhas e cabelos e compridos é devido à pele. Após a morte, o
tecido da epiderme se retrai e encolhe, o que deixa cabelos e unhas em
evidência.
4 – O ser humano só usa 10% de sua capacidade cerebral
Ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas vasculham
minuciosamente cada setor do cérebro. E garantem que não existem partes
inativas dentro de nossa caixa craniana, muito menos 90% de toda essa
massa. Até um exame detalhado, neurônio por neurônio, não detecta pontos
inutilizados em nosso cérebro. O mito teria surgido, segundo os
pesquisadores, de programas intelectuais do início do século XX, que
incentivavam a população a estimular mais o próprio cérebro.
3 – Ler no escuro prejudica a visão
Poucos mitos foram tão difundidos quanto a ideia de que ler com baixa
luz no ambiente “força a vista”. Mas também não existe nenhum indício
científico de que possa haver algum dano permanente. No máximo, os olhos
ficam cansados pelo esforço, mas após uma noite de sono já estão
prontos para outra.
2 – Cesariana é o melhor tipo de parto
A possibilidade de fazer o bebê nascer com um simples procedimento
cirúrgico, ao invés do dolorido parto tradicional, foi muito bem vinda
por mães e obstetras do século XX. Tanto que muitas mulheres
simplesmente passaram a descartar o parto normal, mesmo que fosse
completamente viável. A cesariana, na verdade, é um procedimento que
envolve diversos riscos, como infecções e complicações cirúrgicas. O
ideal é apenas recorrer à cesariana quando o parto normal for
confirmadamente arriscado, para a mãe ou a criança.
1 – Celulares são perigosos em hospitais
Foi comprovado que os telefones celulares em funcionamento afetam
cerca de 4% dos equipamentos de hospital, mas só se estiver a menos de
um metro de distância do aparelho. Caso contrário, não há nenhum dano em
usar o celular no ambiente hospitalar. Um estudo recente vai ainda mais
longe: 300 testes foram feitos com celulares em mais de 75 salas de
tratamento médico, e não houve uma interferência sequer.
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