Matrícula do Sisu está suspensa nas universidades e institutos federais, diz sindicato
Os estudantes aprovados em 48 instituições federais de ensino superior que participaram do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) não poderão fazer a matrícula, que estava marcada para começar hoje (29). O processo foi suspenso por decisão do comando de greve da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). A entidade representa os servidores das universidades e institutos federais, que estão em greve desde o dia 11 deste mês.
De acordo com a coordenadora-geral da entidade, Janine Teixeira, os
técnicos administrativos de todas as universidades federais e institutos
federais de educação profissional aderiram à paralisação. Por isso, a
matrícula deverá ser suspensa nessas instituições – são 48 entre as 56
que participaram desta edição do Sisu. As outras são insituições
estaduais.
O sistema foi criado pelo Ministério da Educação (MEC) para unificar
a oferta de vagas em universidades públicas, que são disputadas pelos
estudantes a partir da nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem). Nesta edição, 642 mil candidatos participaram da disputa de
cerca de 30 mil vagas.
“Desde 2007, nós fizemos 52 reuniões com o governo e não foi
apresentada nenhuma proposta, temos o menor piso do funcionalismo
público federal. A categoria partiu para a radicalização como forma de
pressionar onde o governo vai sentir o aperto [no Sisu]”, explicou
Janine sobre a decisão de suspender a matrícula do Sisu. No ano passado,
a categoria também fez uma longa greve, mas os principais serviços,
como matrícula, não foram interrompidos.
A matrícula dos aprovadas em primeira chamada estava marcada para
começar hoje e terminar em 9 de julho. Após o fim do prazo seria
convocada uma segunda chamada, em 13 de julho. O MEC ainda não se
posicionou sobre o assunto. Ainda não se sabe se o resultado da segunda
chamada será adiado, nem se o processo de matrícula está mantido nas
outras instituições que participaram do Sisu, mas não fazem parte do
movimento grevista.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/
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