Você sabe conversar com seu filho? De bebê a adolescente, a maneira de se comunicar com as crianças muda.Saiba o que fazer em cada fase

O primeiro passo para a construção de um relacionamento afetivo é a boa comunicação, mas nem todos os pais sabem como se comunicar adequadamente com as crianças. “Os pais não podem ser estranhos emocionais para seus filhos”, diz a psicopedagoga Eloísa Lima, mestre em Neurolinguística pela UFRJ.
Falta de tempo não é desculpa: qualquer momento na rotina
básica da família é uma oportunidade para conversar, como a hora das
refeições. Para estabelecer um diálogo, os pais devem se adequar ao
filho, e não o contrário. “Se não, conversar se tornará algo chato para a
criança”, diz o psiquiatra Gustavo Teixeira, especialista em infância e
idealizador do site “Comportamento Infantil”. Por isso, a faixa etária
deve ser considerada – seja para falar de uma brincadeira, seja para
falar de lição de casa.
Comunicando-se com bebês
De acordo com Christine Bruder, psicóloga e psicanalista do
Primetime Child Development (Centro de Desenvolvimento para crianças de
zero a três anos), os bebês são excelentes comunicadores e, mais do que
na palavra, os pais devem investir no toque. “Ao entender que o bebê
também quer se comunicar, os pais começam a interpretar as pequenas
reações do bebê ao ser tocado”, diz. Assim, reparando em um sorrisinho
aqui e uma ruído ali, dá-se a comunicação – que acaba sendo bem
intuitiva.
A palavra também funciona como um tipo de toque, por
causa dos diferentes tons ao ser dita. Embora não entenda o significado
da fala, o bebê sente acolhimento ou impaciência na comunicação com os
adultos. Quando vai crescendo, o contato visual com o filho ajuda na boa
comunicação: falar na altura dele é um sinal de respeito, segundo
Christine.
Comunicando-se com crianças
De acordo com a pedagoga e psicopedagoga Betina Serson,
autora do livro “Seja o Herói dos seus Filhos” (Editora Melhoramentos),
pelo menos cinco minutos diários de atenção dos pais aos filhos já
fazem com que eles se sintam ouvidos. O período pode ser curto, mas
precisa ser exclusivo. Logo, sem computadores ou celulares por perto.
Embora a criança já saiba falar, a forma como as coisas
são ditas também devem ser consideradas. A partir dos dois ou três
anos, de acordo com a psicóloga Elizabeth Monteiro, autora do livro
“Criando Filhos em Tempos Difíceis – Atitudes e Brincadeiras para uma
Infância Feliz” (Editora Mercuryo), as crianças entram na fase da teima e da birra e
os pais não devem encarar o comportamento como uma disputa pelo poder e
enfrentá-las – são atitudes que fazem parte do desenvolvimento.
Conforme a criança vai crescendo, os pais devem aumentar sua
participação no diálogo. Deixe que seu filho explique o porquê de uma
advertência na escola, por exemplo, em vez de mandá-lo diretamente para o
quarto. Um pai também deve explicar as próprias razões ao filho, de
maneira concisa, para a criança entender os motivos dos “nãos” e não
fantasiar para compreender um fato.
Comunicando-se com adolescentes
A psicopedagoga Eloísa Lima afirma que, se não houver uma cumplicidade desde pequeno, a comunicação com os filhos adolescentes será
muito mais difícil. De qualquer forma, a adolescência é momento para os
pais recuarem um pouco. Há momentos em que o adolescente não vai querer
conversar e preferirá manter seus segredos, que devem ser respeitados.
Mas os limites não podem se perder.
A regra de ouro para a fase é: “em clima tenso não se discute”. Se
pais e filhos estiverem com a cabeça quente, Elizabeth Monteiro
recomenda deixar a conversa para depois. Os conflitos fazem parte do
desenvolvimento e é preciso paciência.
A psicopedagoga Nívea Fabrício, diretora do Colégio Graphein,
indica reuniões familiares frequentes, para que a comunicação não se
perca com a rotina diária e para estar atento às mudanças de
comportamento do filho, que podem ser causadas por problemas mais sérios
que ele esteja vivendo.
Dicas e cuidados com o bebê desde o nascimento até o aniversário de 1 anoFonte: http://delas.ig.com.br/
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