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Cunha tenta se manter no cargo, mas já busca sucessor em sua "tropa de choque"

Charles Sholl/Futura Press - 14.10.15
Com a presidência sob seu controle, mesmo que renuncie ao cargo de presidente da Câmara, Cunha terá mais chances de salvar seu mandato como deputado
Presidente da Câmara quer evitar ser substituído pelo líder do PMDB,Leonardo Picciani, aliado do Planalto, e já cogita lançar nomes de sua tropa de choque para tentar manter-se no poder

Com o cargo ameaçado pelas denúncias de corrupção apuradas pela Operação Lava Jato, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tenta uma sobrevida no cargo, mantendo suspense em relação aos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e, ao mesmo tempo, já se movimenta para tentar fazer um sucessor, caso ele seja afastado do cargo.

Pelo Regimento Interno, em caso de renúncia, quem assume é o vice, Waldir Maranhão (PP-MA), que terá 30 dias para realizar novas eleições. Já em caso de impeachment do presidente da Câmara, o vice também assume e tem o prazo de cinco sessões para realizar novas eleições.

Com a presidência sob seu controle, mesmo que renuncie ao cargo de presidente da Câmara, Cunha terá mais chances de salvar seu mandato como deputado. Cunha rejeita a ideia de ser sucedido pelo líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), interlocutor privilegiado do governo.

O presidente da Câmara busca um sucessor fora do PMDB, em sua tropa de choque, com o objetivo de continar no controle, caso seja afastado.

Três deputados são cotados como homens de Cunha: O líder do PSC, André Moura (SE), o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), e o líder do PTB, Jovair Arantes (SP).

Dos três, somente Arantes tem um trânsito razoável com o Planalto, apesar da bancada de seu partido ter uma posição de maior independência do governo. Já André Moura e Beto Mansur assumem uma postura anti-governo.

Os três nomes da tropa de choque de Cunha não transitam, no entanto, no PMDB, nem no PT, os dois maiores partidos da Câmara. De acordo com interlocutores, outra solução pensada seria a defesa de nomes com maior aceitação pelas duas maiores bancadas, como o de Osmar Sarraglio (PMDB-PR) ou Osmar Terra (PMDB-RS).

Cunha tem repetido que não renunicará ao cargo, mesmo após a representação pedindo sua cassação por quebra de decoro parlamentar, apresentada ao Conselho de Ética da Câmara, por quase 40 deputados, documento encabeçado pelo PSOl e pela Rede.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/

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