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TARAUACÁ: Vereador denuncia que prefeito pode ter usado recursos da alagação para pagar contas pessoais


O prefeito de Tarauacá, Rodrigo Damasceno (PT), vem sendo alvo de uma série de denúncias por parte do vereador Mirabor Leite (PMDB). O parlamentares está elaborando extenso relatório com várias denúncias contra Damasceno para entregar ao Ministério Público Estadual (MPE). Segundo o documento, as irregularidades são a falta da prestação de contas e o beneficiamento de familiares em licitações públicas.

De acordo com a denúncia, cerca de R$ 1,8 milhão, destinados a gastos com a alagação, teriam sido gastos com outras atividades e até com despesas pessoais do prefeito. O vereador Mirabor Leite pediu uma prestação de contas dos recursos recebidos, dividido em três parcelas.

Leite disse que a prefeitura encaminhou à presidência da Câmara Municipal de Tarauacá uma planilha com valores gastos em todas as atividades, mas as informações ficaram retidas com o presidente da Câmara, chegando ao conhecimento do vereador apenas em outubro deste ano.

“Recebemos uma denúncia de um grupo de pessoas. Pedimos uma prestação de contas e ficamos aguardando. Paralelo a isso, passei a consultar o Portal de Transparência. Em 14 de novembro de 2014, a prefeitura recebeu um recurso inicial R$ 52,2 mil para atender as necessidades do município nas primeiras alagações. Já em 4 de dezembro de 2014, foi depositado mais de R$ 794,8 mil, recursos liberados pelo Ministério da Integração Social. Em 9 de abril de 2015, foi depositado a última parcela no valor de R$ 1.033”, explicou Mirabor Leite.

Ele disse, ainda, que voltou a pedir a prestação de contas e, desta feita, foi entregue uma planilha assinada pela, coordenadora da Defesa Civil, senhora Raimunda Alves Augusto, e pelo prefeito. “Um documento absurdo que específica apenas valores gastos, sem qualquer documento que comprove que esses valores foram gastos como dizem”, comentou o vereador.

Ainda segundo a planilha, foram gastos de cerca de R$ 252 mil com o pagamento de aluguel social e R$ 448 mil com o pagamento pelo serviço de desmontagem e montagem de casas. “O que vimos foi pessoas sendo alojadas em escolas e quadras de futebol. As que estavam no aluguel social foram despejadas e também não vi esse trabalho de desmontagem e montagem de casas” contestou o parlamentar.

Rodrigo Damasceno relata, também, que recebeu apenas R$ 794 mil e que destes cerca de R$ 30 mil foram devolvidos ao Ministério da Integração Social. “O que aconteceu com as outras duas parcelas que a prefeitura recebeu, já que o prefeito alega que recebeu apenas R$ 794 mil. Estamos fazendo o nosso papel de vereadores que é fiscalizar o gestor publico, que tem a obrigação de prestar contas”, disse.

Familiares podem estar sendo beneficiados com licitações
miraborleite
A reportagem teve acesso a cópias de documentos que põem sob suspeição os processos licitatórios realizados no município, onde os maiores beneficiários são familiares do prefeito. Mirabor Leite confirmou que existem suspeitas de direcionamento de licitações beneficiando parentes de Rodrigo Damasceno.
Os documentos mostram que, em 17 de junho deste ano, a empresa RI Torrefação Indústria e Comércio Ltda Eireli – EPP, de propriedade do tio do prefeito, ganhou uma licitação para a locação de máquinas e equipamentos no valor mensal de R$ 259,9 mil com vigência de contrato de 12 meses. Em novembro de 2014, as empresas Cerâmica São Jorge Eireli (ME) e a RI Torrefação Indústria e Comércio Ltda Eireli – EPP foram contratadas com a dispensa de licitação para atender desabrigados com a enchentes dos rios Tarauacá e Muru, ambos no valor de R$ 46,5 mil.

No mesmo certame e com o mesmo critério, a empresa C. M. Prado – Eireli (ME) teve dispensa de licitação no valor de R$ 51,7 mil para locação de veículos e equipamentos pesados. Todas as empresas são ligadas à família de Rodrigo Damasceno.

O contrato firmado com a Cerâmica São Jorge Eireli (ME), em 9 de fevereiro de 2015, no valor de R$ 1.255, destinou –se à aquisição de tijolos para a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos, sendo que a prefeitura tem uma cerâmica em pleno funcionamento. O vereador evidenciou ainda de que existem suspeitas de que servidores da cerâmica municipal ficaram à disposição da Cerâmica São Jorge por conta do contrato com a prefeitura.

A reportagem tentou ouvir o prefeito, mas o celular dele estava fora de área. Tentamos ainda falar por telefones fixos da prefeitura, mas a ninguém atendeu as ligações.

Fonte: http://contilnetnoticias.com.br/

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