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Sem recursos do governo do Acre, médica faz parto com saco de lixo como avental e compra remédios no cartão

Médica usa saco de lixo improvisado como avental para realizar parto no Jordão/Foto: Reprodução

Funcionários e pacientes da Unidade Mista de Saúde, denominada Hospital da Família, que também realiza partos, localizada na cidade do Jordão, denunciaram nesta quarta-feira (11) que a unidade hospitalar vive um caos por falta de instrumentos para trabalho, remédios e até alimentação.

De acordo com funcionários do hospital, faltam luvas cirúrgicas, aventais, seringas e os remédios usados para auxiliar as parturientes são custeados por uma das médicas que tem comprado os medicamentos no seu próprio cartão de crédito. Uma foto publicada na manhã desde quarta-feira por uma auxiliar de enfermagem do referido hospital mostra uma médica obstetra realizando um parto usando um saco de lixo improvisado como avental.

Segundo uma outra funcionária do hospital, que não quis se identificar por medo de retaliação, o caso da médica usando um saco de lixo como avental improvisado não é um fato isolado.

“Essa foto que a colega tirou foi de um parto realizado nessa manhã, mas não é a primeira vez, se fossemos fotografar ou filmar tudo que vemos aqui iria chocar a todos, mas temos medo”, diz.

A funcionária afirma que a obstetra que realizou o parto é contratada provisoriamente, mas mesmo diante de todas as dificuldades enfrentadas na unidade de saúde não desiste e ainda gasta do próprio dinheiro para comprar remédios.

“A doutora compra ocitocina no próprio cartão dela, não tem aqui e ela dá um jeito. Aqui falta de tudo”, diz.

De acordo com a servidora, na unidade faltam luvas cirurgicas, aventais e até comida. Para que não falte alimentação, os funcionários recorrem a cotinhas.

“Aqui se faz uma cotinha para comprar de tudo, feijão, banana, tudo. Se deixam faltar as luvas de cirurgia, imagina comida”, desabafa.

A reportagem da Folha do Acre entrou em contato com a assessora de imprensa da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), Nayanne Santana, que questionou se o único embasamento da reportagem seria o “print” da publicação da servidora. Ao ser informada que a reportagem colheu informações de funcionários, a assesora afirmou que não poderia colher a demanda por telefone. “Não vou ouvir até o final, mande um email”, afirmou.

Até o fechamento desta edição a Sesacre não havia se posicionado sobre o caso.

Fonte: http://afolhadoacre.com.br/

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