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Câncer raro mata nove pessoas com proteses de silicone

Mortes foram relatadas pelo FDA, órgão do governo dos EUA responsável por alimentos e medicamentos, e podem ser associadas a proteses mamárias
Shuttersock
Implantes mamários são associados à câncer raro que já matou nove pessoas nos EUA
Um câncer extremamente raro, conhecido como linfoma anaplástico de células grandes (LACG), foi a causa de nove mortes, conforme relatou o US Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo dos Estados Unidos responsável por regulamentar alimentos e medicamentos no país. A doença foi associada às próteses de silicone, presente em todas as vítimas.

Apesar de não confirmar que os implantes são os causadores do cânce r, a FDA admitiu que mulheres com próteses correm mais perigo do que as que estão sem. "Todas as informações que temos até o momento sugere que as mulheres com implantes mamários têm um risco muito baixo de desenvolver LACG , mas essa chance está aumentado em comparação com as mulheres que não têm ", informou o órgão.

A doença afeta as células do sistema imunológico e pode ser encontrada em torno da prótese mamária. O tumor pode se apresentar na pele ou nos gânglios linfáticos e não pode ser considerado um tipo de câncer de mama.

Na última terça-feira (21), a FDA emitiu uma atualização sobre o caso dos implantes mamários associados ao LACG. A partir de 1 de fevereiro o órgão registrou 359 relatos de possíveis casos da doença associados às proteses de silicone . Mas a FDA informou que o número exato de registros "continua difícil de ser determinado devido a limitações significativas nos relatórios mundiais e pela falta de dados globais nas vendas dos implantes”.

A doença vem sendo estudada há seis anos

Em 2011, a FDA levantou pela primeira vez a possibilidade de um pequeno, mas significativo, risco de desenvolver o tumôr após a obtenção de implantes mamários. Em uma pesquisa, perguntaram aos médicos se eles notaram mudanças em seus pacientes, já para as mulheres que implantaram as próteses, foi pedido para verificar se há sintomas como acúmulo de fluido, endurecimento ou uma massa em torno de seus implantes. Já que os sintomas da doença também incluem inchaço e vermelhidão em torno da região operada.


Desde o relatório de seis anos atrás, a comunidade científica tem aprendido mais sobre a ligação entre implantes mamários e o LACG. A maioria dos casos da doença que se tem registro ocorreu em pessoas que tinham superfícies texturizadas em seus implantes, ao invés de superfícies lisas. Dos 231 relatórios à FDA que continham informações sobre o implante, 203 tinham superfícies texturizadas. No entanto, maioria dos registros sobre o tumor tem sido descritos como de crescimento lento e tratáveis ​​quando detectados precocemente.

Cerca de 10 milhões a 11 milhões de mulheres no mundo têm implantes mamários, de acordo com a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos e da Plastic Surgeon Foundation. Por ano, menos de 10 pacientes são diagnosticados com LACG associado ao implante mamário, e um estudo estimou uma incidência de 1 caso em 300.000, de acordo com os dois grupos.

Atenção aos cuidados antes e depois de implantar as próteses

Com a popularização das próteses nas mamas, a quantidade de pessoas com implantes desse tipo só aumenta. Para se ter ideia, essa é a cirurgia plástica realizada na parte superior do corpo mais realizada nos EUA, com 290.467 procedimentos em 2016, de acordo com a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos.

Portanto, não é preciso pânico. Para quem estiver considerando realizar a cirurgia, a FDA aconselha que é importante fazer uma pesquisa e discutir com seu cirurgião sobre os riscos e benefícios da prótese.

Quem já possui implantes mamários deve monitorar e suas próteses, ficar atento para qualquer alteração e fazer exames de rotina, como mamografias ou ressonância magnética, conforme recomendado por seus médicos, indicou a FDA.


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