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O que dizem os políticos citados na lista de Fachin


Parlamentares dizem ter certeza que os processos abertos na Corte serão arquivados. Enquanto alguns solicitam fim do sigilo atribuído aos depoimentos, outros afirmam desconhecer o teor das menções feitas
Reprodução/Página 13
Tempos sombrios se anunciam no Congresso depois da lista de Fachin
Bastou a divulgação da lista que autoriza o início das investigações de políticos citados por executivos da Odebrecht, na âmbito da Operação Lava Jato, para que as sessões plenárias da Câmara e Senado viessem a ser esvaziadas. Deputados deixaram de votar a renegociação da dívida dos estados e abandonaram o Congresso. A partir daí, notas públicas começaram a ser divulgadas. Nelas, políticos e legendas dizem estar “à disposição” da Justiça para esclarecer os fatos apurados.
Em grande maioria, parlamentares citados na lista do ministro Edson Fachin, relator da operação no Supremo Tribunal Federal (STF), dizem ter certeza de que os processos abertos na corte serão arquivados. Enquanto alguns solicitam o fim do sigilo atribuído aos depoimentos, outros afirmam desconhecer o teor das menções feitas. Fachin determinou abertura de inquérito contra nove ministros do governo Michel Temer, 29 senadores e 42 deputados federais, entre eles os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).
Diante do cenário, que engloba grande parte dos nomes do alto escalão da política brasileira, até as legendas resolveram se posicionar sobre o assunto. Abaixo, leia as notas enviadas nesta terça-feira (12) por alguns dos investigados e das siglas mais atingidas (veja a lista com todos os nomes):

PARLAMENTARES
Senador Aécio Neves (PSDB-MG)
O senador Aécio Neves considera importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada por ele ao ministro Edson Fachin na semana passada, e considera que assim será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta.
Senador Antonio Anastasia (PSDB-MG)
O ex-governador de Minas Gerais disse que, em toda sua trajetória, “nunca tratou de qualquer assunto ilícito com ninguém.
Senador Dalírio Beber (PSDB-SC)
Recebo com surpresa a inserção do meu nome no rol dos investigados. Não tive, até o presente momento, qualquer acesso ao processo para conhecer o conteúdo do que me é atribuído. Rechaço com veemência toda e qualquer denúncia de prática de ilícitos. Estou indignado, mas absolutamente tranquilo, pois minha consciência em nada me acusa. Digo à sociedade brasileira, em especial, aos catarinenses, que sempre confiaram em mim, que espero que rapidamente a verdade seja restabelecida. Neste momento, coloco-me inteiramente à disposição da Justiça.”
Presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE)
A Justiça brasileira tem maturidade e firmeza para apurar e distinguir mentiras e versões alternativas da verdade.
Senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PB)
A defesa do senador Fernando Bezerra Coelho, representada pelo advogado André Luís Callegari, afirma que não foi oficialmente comunicada, tampouco teve acesso à referida investigação. Fernando Bezerra mantém-se, como sempre esteve, à disposição das autoridades a fim de prestar quaisquer esclarecimentos que elas possam necessitar. A defesa do senador observa que nestes 35 anos de vida pública de Fernando Bezerra Coelho não há qualquer condenação em desfavor do parlamentar.
Senador Humberto Costa (PT-PE)
“O senador Humberto Costa (PT-PE) – que espera a conclusão de inquérito já aberto há mais de dois anos pelo STF, e para o qual a Polícia Federal já se manifestou em favor do arquivamento – aguarda o levantamento do sigilo dos novos documentos para ter acesso às informações necessárias à sua defesa. O senador, que já abriu mão de todos os seus sigilos, se coloca, como sempre o fez, à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários.
Senador Ivo Cassol (PP-RO)
Não tenho conhecimento do que é o inquérito, então, por enquanto, eu não sei.”
Senador Jorge Viana (PT-AC)
A crise política vai se aprofundar, a partir de agora, com risco de paralisia institucional, porque todo o sistema político brasileiro está em xeque. Todas as legendas e expoentes partidários estão citados na lista do ministro Luís Edson Fachin, do STF, o que nos obriga, nesse momento, a nos explicarmos. Do PMDB ao PSDB, passando pelo meu partido, o PT, mas também o DEM, PSD, PSB, PRB e PP, todos os representados no Congresso estão envolvidos nesta crise. Muitos são acusados de corrupção, outros têm de se explicar sobre suas campanhas. Sobre o envolvimento do meu nome e do governador Tião Viana, não há nenhuma denúncia de corrupção contra nós, mas questionamentos sobre a arrecadação da campanha em 2010. Vamos provar na Justiça o que dissemos antes: nossas campanhas foram dentro da lei e feitas com dinheiro limpo. Nada devemos e nada tememos. Confiamos na Justiça.
Senador José Agripino (DEM-RN)
Mesmo não tendo sido candidato em 2014 e desconhecendo o teor das menções a mim atribuídas, coloco-me à disposição da justiça para colaborar com as investigações que se venham a requerer.
Senador José Serra (PSDB-SP)
Por meio de sua assessoria, o tucano nega qualquer irregularidade e diz que as movimentações de campanha foram operadas pelo partido dentro da legalidade.
Senadora Kátia Abreu (PMDB-TO)
A respeito da decisão do Supremo Tribunal Federal, que autorizou abertura de inquérito para investigar nove ministros, 29 senadores e 42 deputados federais, na qual o meu nome é citado, declaro que: Lamentavelmente, por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não tenho, neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as supostas acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar qualquer dúvida sobre a nossa conduta. Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha defesa.
Senador Lindbergh Farias (PT-RJ)
“Mais uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será único desfecho possível para esse processo. Novamente justiça será feita.
Senador Renan Calheiros (PMDB-AL)
A abertura dos inquéritos permitirá que eu conheça o teor das supostas acusações para, enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja apenas baseado em vazamentos seletivos de delações. Um homem público sabe que pode ser investigado. Mas isso não pode significar uma condenação prévia ou um atestado de que alguma irregularidade foi cometida. Acredito que esses inquéritos serão arquivados por falta de provas, como aconteceu com o primeiro deles.
Senador Romero Jucá (PMDB-RR)
“Sempre estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar qualquer informação. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e tive todas as minhas contas aprovadas.
Senador Valdir Raupp (PMDB-SC)
O senador Valdir Raupp afirma que recebeu com tranquilidade a sua citação  na lista do Ministro Fachin publicada no dia de hoje, baseada em declarações de delatores que no desespero falam e ninguém pode impedir.Este será o momento que o senador terá para provar que as doações legais destinadas ao Partido foram declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)
“A senadora esclarece que as doações feitas para suas campanhas foram oficiais, declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral”, anotou a assessoria da senadora.
Deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA)
“Sobre as notícias citando meu nome em possível investigação no STF, não tenho nada a temer. Os baianos e os brasileiros conhecem a minha trajetória de mais de 30 anos de atividade pública. Se algum inquérito for aberto, tenho total convicção que o destino será o arquivamento”, disse o parlamentar baiano.

LEGENDAS
Senador Paulo Bauer (PSDB-SC), líder do partido no Senado – não está na lista
“O PSDB cumpre papel relevante na recuperação econômica do país e na viabilidade do Governo Temer. Os inquéritos autorizados pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, não prejudicarão nosso compromisso maior com o país. Na condição de senador e líder do PSDB no Senado, não nos cabe contestar a decisão da autoridade judicial. Entretanto, se faz necessário registrar que os fatos que ensejaram a decisão precisarão ser comprovados conforme prevê a lei. Os senadores do PSDB citados haverão de apresentar suas defesas e, certamente, comprovarão a inconsistência das denúncias feitas por quem, no exercício de cargos de direção de empresa construtora de obras públicas, tenha praticado atos ilegais e formalizado acordo de delação para reduzir penalidades aplicadas pela Justiça. É necessário aguardarmos o final do processo e confiarmos na atuação isenta do Poder Judiciário.”
Liderança do PSDB na Câmara
“A bancada do PSDB na Câmara reafirma sua confiança na Justiça e nas instituições. O fim do sigilo das investigações permitirá que os citados exerçam plenamente o direito de defesa e que a verdade, enfim, prevaleça. É fundamental, todavia, que o trabalho das instituições não paralise o país. Há uma agenda de reformas pendente no Congresso e elas são cruciais para a reativação da economia e a geração de emprego.”

MINISTROS
Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB)
“A defesa do ministro-chefe da Casa Civil, representada pelo criminalista Daniel Gerber, afirma que todo e qualquer conteúdo de investigações será debatido exclusivamente dentro dos autos.”
Ministro do TCU, Vital do Rêgo (PMDB)
O ministro do TCU Vital do Rêgo e sua defesa não tiveram acesso ao conteúdo do pedido de abertura de inquérito mencionado pela imprensa. O ministro está à disposição das autoridades e confia que será comprovada a falta de relação entre ele e os fatos investigados.
Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi (PP)
“Zero possibilidade de ter envolvimento com qualquer irregularidade, disse ao informar que não se manifestará hoje (terça, 11).
Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira (PRB)
“Muito embora não tenha sido notificado oficialmente nem tenha conhecimento de nada daquilo que é acusado. Marcos Pereira agiu sempre dentro da lei enquanto presidente de partido, buscando doações empresariais respeitando as regras eleitorais, e esclarecerá não ter qualquer envolvimento com atitudes ilícitas”, informou a assessoria do ministro por meio de nota.
Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD)
“O ministro confia na Justiça, ressalta que não teve acesso oficialmente às informações e que é necessário ter cautela com depoimentos de colaboradores, que não são provas. Reafirma que os atos praticados em suas campanhas foram realizados conforme a legislação”, disse a assessoria, por meio de nota.
Ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB)
“De acordo com a legislação eleitoral, solicitei doações para diversas empresas, inclusive a Odebrecht, como já foi anteriormente noticiado. O sistema democrático vigente estabelecia a participação de instituições privadas por meio de doações. Mantive uma relação institucional com todas essas empresas.Em todo o meu mandato, sempre atuei em prol de interesses coletivos. Atuei de acordo com a minha consciência.”
Ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB)
“ O ministro nega que tenha cometido ilegalidades; reafirma que todos os recursos que recebeu como doações para sua campanha em 2014 foram devidamente registradas junto ao TRE-PA, que aprovou todas as suas contas; esclarece que não tinha e não tem qualquer ingerência sobre a área de saneamento no município de Marabá; destaca sua estranheza com o codinome Cavanhaque, em toda sua trajetória política, Helder Barbalho nunca usou cavanhaque.”
ministro Wellington Moreira Franco (PMDB), da Secretaria-Geral da Presidência da República, informou por meio da assessoria que não comentaria o assunto. Já o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), diz que as acusações são mentirosas, mas que só fará mais comentários quando tiver acesso aos inquéritos.
Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br

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