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Aécio é gravado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS

Reportagem do jornal O Globo mostra que, em uma das conversas para combinar entrega do dinheiro, Aécio disse: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu”. Uma das entregas do dinheiro foi gravada pela PF
Antonio Cruz/Agência Brasil
Aécio foi gravado pedindo dinheiro ao dono da JBS


O senador tucano Aécio Neves, presidente nacional do PSDB,  foi gravado pedindo R$ 2 milhões ao dono da JBS, Joesley Batista. De acordo com a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, em uma conversa de áudio, que durou cerca de 30 minutos, o presidente do PSDB aparece pedindo  R$ 2 milhões ao empresário, sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato.
O encontro entre Aécio Neves e Joesley Batista aconteceu no dia 24 de março, no Hotel Unique, em São Paulo. Na ocasião, Aécio citou o nome de Alberto Toron, como o criminalista que o defenderia. O dono da JBS, no entanto, não teria se surpreendido devido a irmã de Aécio, Andréa Neves, já ter feito menção ao advogado.
Os procuradores estão de posse das trocas de mensagens. As apurações apontaram que esse não era o verdadeiro objetivo de Aécio.
Com pedido aceito, Joesley queria saber quem seria o responsável por pegar as malas. Já na conversa com Aécio, Joesley propôs: “Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar. Mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança”.
Aécio respondeu: “tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho — respondeu Aécio”.
Fred seria um primo de Aécio, cujo nome é Frederico Pacheco de Medeiros. Fred foi diretor da Cemig, nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014.
O dinheiro foi entregue pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Ao todo, foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. Uma delas foi filmada pela Polícia Federal.
Fachin teve conhecimento do caso na última semana. “As filmagens da PF mostram que, após receber o dinheiro, Fred repassou, ainda em São Paulo, as malas para Mendherson Souza Lima, secretário parlamentar do senador Zeze Perrella (PMDB-MG)” – conforme diz o texto do jornal. O assessor negociou para que os recursos fosse parar na Tapera Participações Empreendimentos Agropecuários, de Gustavo Perrella, filho de Zeze Perrella.

Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/

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