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Delator dá novos detalhes e revela que corrupção e propina uniram Globo, Marin e Del Nero

Globo, Marín e Del Nero: unidos pela propina, segundo delator (Foto: Reprodução)
Globo, Marín e Del Nero: unidos pela propina, segundo delator (Foto: Reprodução)

Como já informamos, a Globo está no olho do furacão de um sério caso de corrupção envolvendo uma máfia internacional relacionada à compra de campeonatos de futebol.

Uma delação premiada no caso que investiga a Fifa na Justiça dos Estados Unidos está atingindo em feio a Globo. O empresário argentino Alejandro Burzaco, ex-diretor da empresa de eventos esportivos Torneos y Competencias, afirmou em depoimento à Justiça norte-americana que a emissora pagou propinas para conseguir direitos de transmissão de campeonatos de futebol.
Alejandro Burzaco em Nova York (Foto: Reuters)

As autoridades estadunidenses investigam o esquema que envolve a Fifa e outras federações, que recebeu o apelido de “Fifa Gate”. O dinheiro pago pela Globo teria sido destinado a altos executivos da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e da Confederação Sul-Americana de Futebol, a Conmebol, responsável pela Copa Libertadores da América e a Copa América, segundo informações do Buzzfeed e El País.

Além disso, ele também citou a Televisa, canal mexicano responsável por diversas atrações que passam hoje no Brasil, como o Chaves e Carinha de Anjo. O empresário argentino citou a Fox Sports dos Estados Unidos, Televisa do México, Media Pro da Espanha, TV Globo do Brasil, Full Play da Argentina e Traffic do Brasil, como participantes ativas do esquema.

Ele cita Marcelo Campos Pinto, então diretor do departamento esportivo da Globo, como negociador dos cartolas para o pagamento da propina. Ele deixou a emissora em 2015.

O delator também envolveu dois ex-presidentes da CBF, José Maria Marin e Ricardo Teixeira, além do atual mandatário, Marco Polo Del Nero. De acordo com o delator, os três teriam recebido pagamentos de um período que vai de 2006 a 2015. Os valores recebidos por cada um chegavam até a um 1 milhão de dólares por campeonato que negociavam.

“Marin me deu um abraço e fez um discurso de agradecimento. Del Nero abriu um caderno e anotou os valores. Os dois disseram que dariam instruções sobre como queriam receber o dinheiro”, afirmou Burzaco.

Em nota, Del Nero disse que “nega, com indignação, que tivesse conhecimento de qualquer esquema de corrupção supostamente existente no âmbito das entidades do futebol a que se referiu”. Segundo o cartola, “as investigações levadas a efeito naquele país [EUA] não apontaram qualquer indício de recebimento de vantagens econômicas ou de qualquer outra natureza por parte do atual presidente da CBF”.

Ao site Globoesporte.com, Teixeira negou ter recebido dinheiro, e disse ainda “quem acusa tem que provar. Ele [Burzaco] tem que provar tudo isso”.

Em nota lida em seus telejornais, a emissora afirma que “não pratica nem tolera qualquer pagamento de propina”. “Após mais de dois anos de investigação [a Globo], não é parte nos processos que correm na Justiça americana”. A assessoria da Platinada disse ainda que “em suas amplas investigações internas, apurou que jamais realizou pagamentos que não os previstos nos contratos”. Por fim, completa que “o grupo Globo se colocará plenamente à disposição das autoridades americanas”, e que para o canal esclarecer o ocorrido é “questão de honra”. A Fox Sports, também mencionada pelo delator, declarou em nota que “qualquer menção em relação a que Fox Sports teve conhecimento ou aprovou subornos é absolutamente falsa”. 

Fonte: http://www.otvfoco.com.br/

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