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PSDB exige alterações na reforma da Previdência em troca de apoio


Beto Barata/PR
O PSDB decidiu emitir uma nota técnica apontando alterações ao governo

Após não fechar questão sobre a reforma da Previdência na última semana, o PSDB decidiu impôr condições para aprovar o texto. Ainda em fase de fechamento da nota técnica da legenda, com as propostas a serem alteradas, os tucanos já falam em pelo menos três pontos que devem ser considerados.

Um deles trata do benefício integral na aposentadoria por invalidez, independentemente do lugar onde o problema ocorreu. Eles também defendem que os beneficiários possam acumular benefícios como pensão e aposentadoria até o teto do INSS, bem como querem uma regra de transição especial (com pagamento de pedágio) para que os servidores que ingressaram no sistema até 2003 possam ter integralidade e paridade, mesmo reajuste salarial dos ativos, sem ter que cumprir idade mínima de 65 anos para homem e 62 anos para mulher. As informações foram publicadas pelo jornal O Globo desta terça-feira (28).

Pelo discurso do governo, a idade mínima e as regras de transição, bem como a unificação dos sistemas privado e público são pontos dos quais não há concessões. Na última semana, após reunião da Comissão Executiva do PSDB, os tucanos decidiram não fechar questão sobre a determinação do partido quanto a reforma da Previdência. No entanto, apesar de não decidirem, recomendaram aos seus parlamentares que aprovem o texto, com proposta mais enxuta do governo, que será apreciado pela Câmara nos próximos dias.

Manifesto para as eleições 2018

Os tucanos, na tentativa de mostrar unicidade e reequilibrar o partido, vão publicar hoje o documento “Gente em primeiro lugar: o Brasil que queremos”. O documento é seu manifesto para a eleição de 2018. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o tom é liberal temperado com ponderações sociais, inclinando-se à centro-esquerda.

O texto propõe avançar com as reformas, cortar ministérios, instituir avaliação do funcionalismo público, diminuir privilégios, defende privatizações e concessões. Considera que a pauta da sustentabilidade é a fonte de poder externo para o Brasil e cobra uma reforma tributária que siga princípios de justiça fiscal. “O livre mercado por si não é capaz de assegurar a distribuição mais equânime das riquezas produzidas e, assim, superar as desigualdades e a pobreza”, afirma o documento de 14 páginas.

Desde que a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer chegou à Casa, os parlamentares se dividem sobre a aliança do PSDB com o PMDB. Em cima do muro, a ala chamada “cabeças pretas” do PSDB defende que a sigla abandone a base governista.



Fonte: http://congressoemfoco.uol.com.br/

Um comentário

J. Cícero Alves disse...

Sobre o manifesto tucano para as eleições de 2018.

Os tucanos vão ter de trabalhar muito a sua imagem perante a opinião pública nos próximos meses, se quiserem recuperar os seguidores e simpatizantes que perderam com a sua postura nos últimos 3 anos.

Pesquisa encomendada pelo DEM no final de setembro, aponta que PSDB é hoje o partido mais rejeitado do País. Segundo a pesquisa, o PSDB é rejeitado por 75% do eleitorado brasileiro.

Na minha opinião, isso é reflexo da sua infeliz aliança com o PMDB de Temer, bem como, reflexo do escândalo protagonizado pela sua estrela maior que era, até bem pouco tempo, o senador Aécio Neves, cuja permanência no cargo de senador, apesar de legal, afigura-se como imoral para grande parte da população brasileira.

O que os tucanos precisam fazer agora, se quiserem recuperar, pelo menos um pouco dos seus ex-seguidores, é apresentar ao povo, sem demagogia e sem enrolação, o seu verdadeiro programa de governo para o país, para o caso de uma eventual volta da legenda ao poder em 2018, procurando daqui pra frente promover um debate de alto nível, frutífero e democrático sobre as principais demandas do país, sem ofensas a outros partidos, respeitando de forma republicana e civilizada os demais candidatos ao Palácio do Planalto, incluindo o Lula, que segundo as recentes pesquisas de intenções de voto para 2018, lidera em 1º lugar.

Caso o PSDB não promova a partir de agora um debate sério e proveitoso no âmbito da política nacional, estará fadado a uma derrota avassaladora nas eleições que se avizinham. As pesquisas de intenções de voto podem até não ser perfeitas, mas sempre se aproximam dos números finais. Os tucanos sabem disso e já começaram a agir para tentar mudar sua avaliação junto à opinião pública.

Prova disso é o manifesto de teor moderado que farão veicular hoje em rede nacional, no qual apresenta uma ideologia política de centro-esquerda, visando uma reaproximação paulatina com o povo, numa clara tentativa de recobrar sua imagem tão desgastada nos últimos anos, perante a opinião pública. O tempo é curto. São 10 meses para o próximo pleito presidencial.

Os tucanos têm pouco tempo para desvencilharem a sua imagem da figura do Temer, um presidente rejeitado por 95% da população, tido por muitos como vilão do povo brasileiro.

É justamente o rótulo de "aliado do Temer" que mais incomoda os tucanos e do qual mais precisam se desgarrar.

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