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Criticado por Guedes, Sistema S emprega 158 mil pessoas em todo o País

Em 2016, segundo o IBGE, instituições como o Sesc e o Senai tinham 3,4 mil unidades espalhadas pelo Brasil e pagavam salários médios de R$ 3,7 mil
ministro Paulo Guedes
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
“Nada contra a educação do Sistema S. [Tem] Uma função social interessante, mas questionável", opinou Paulo Guedes
Muito criticado pelo governo, o Sistema S – que inclui Sesc, Sesi e Senai – tinha 3.431 unidades espalhadas pelo País e empregava 158.631 pessoas em 2016, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os salários desses funcionários, por sua vez, somava R$ 8 bilhões.
O estudo, chamado de Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos 2016, mostra que o Sistema S enxugou cerca de 8 mil pessoas de seu quadro de funcionários desde 2013, quando tinha 166.785 empregados em 3.070 unidades. Há três anos, o salário médio dessas entidades, de R$ 3.769,05, estava entre os maiores identificados pela pesquisa do IBGE.
Pela manhã, durante um evento em Campos do Jordão (SP), Paulo Guedes fez duras críticas ao sistema. “Nada contra a educação do Sistema S, é um espetáculo. Mas se você recolhe 100 e gasta 20 com educação, os outros 80 estão financiando campanha política, comprando prédio no Rio de Janeiro para diretor do Sistema S, [financiando] salários altos... Uma função social interessante, mas questionável”, argumentou.
Não é a primeira vez que o ministro defende mudanças no Sistema S. Em dezembro, no Rio de Janeiro, Guedes adiantou que as instituições podem ter suas verbas reduzidas em até 50% para ajudar o governo a reequilibrar as contas públicas. "Como é que você pode cortar isso, cortar aquilo e não cortar o Sistema S? Tem que meter a faca no Sistema S também ", enfatizou.
Na época, a Firjan – que integra o Sistema S – afirmou que os comentários do economista precisam ser encarados como “parte deste desafio, em especial de uma discussão mais ampla sobre o papel das entidades de representação empresarial num cenário de necessidade de redução de custos e resgate da competitividade do País”.
Em nota, a entidade também destacou que este é o momento de uma discussão “franca e transparente com o governo” e que está clara a disposição do ministro em dialogar. Para a Firjan, é importante que o Governo esteja aberto a ouvir as entidades "para compreender, em toda a sua dimensão, o papel social inestimável das instituições que integram o Sistema S em todo o Brasil”.

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