Sandro Pereira/Fotoarena/Agência O Globo
Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus
O reconhecimento do Governo Federal de que precisa mudar a condução do Ministério da Saúde poderia ser a certeza de uma reorientação de rumo, mas de acordo com as primeiras avaliações não se tem certeza se isto irá mesmo acontecer. A respeitada organização global Médicos Sem Fronteiras preparou um relatório de forte impacto internacional em que diz que o Brasil é hoje o epicentro da pandemia da covid-19 no mundo, com o maior número de mortes diárias. "Enquanto somos cerca de 3% da população mundial, atualmente respondemos por 15% dos novos casos. É óbvio que isso não é uma fatalidade. Centenas de trabalhadores humanitários de nossa organização têm atuado na resposta à covid no Brasil. Muitos deles são brasileiros, uma parte com grande experiência internacional em projetos de MSF, tendo a responsabilidade de trabalhar pela primeira vez em seu próprio país. Outros vieram de diversos países e já trouxeram a experiência de ter enfrentado antes o novo coronavírus em lugares como Europa, EUA ou Iêmen", diz o documento.
Gravidade da situação
A instituição Médicos Sem Fronteiras fez circular um relato que explica sua perplexidade. "Começamos o nosso trabalho com pessoas em situação de rua em São Paulo e logo depois no Rio de Janeiro. Atendemos a populações migrantes, indígenas e pessoas privadas de liberdade. Estivemos presentes também nos estados de Roraima, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás e neste ano continuamos a atuar no Amazonas e em Roraima para mitigar os impactos da doença sobre os sistemas de saúde locais".
Transportes por aplicativo no Rio
Secretário de Fazenda, Pedro Paulo fala sobre regulamentação de transportes por app: "Agora será obrigatório que as plataformas paguem à Prefeitura uma taxa de utilização da via pública, de 1,5% sobre o valor total cobrado dos passageiros no mês anterior, e que os motoristas contratem seguros contra acidentes. O valor pago será revertido para a manutenção das ruas".
Sintonia fina
Para evitar ação de prefeituras que não têm vacinas disponíveis, mas mesmo assim convocam o cidadão a comparecer aos postos de saúde, a presidente da Comissão de Saúde do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), conselheira Sandra Krieger, sugeriu ao Ministério da Saúde a elaboração de uma nota técnica para esclarecer as questões que ainda geram dúvida sobre a política de imunização contra a covid-19 no Brasil.
Encarceramento feminino
Relatório da Defensoria Pública mostra que, considerando os casos das mulheres que no momento da audiência de custódia atendiam aos critérios objetivos para prisão domiciliar, é possível observar que 25% delas, apesar de cumprir os requisitos legais, permaneceram presas preventivamente. Além disso, 17,5% das entrevistadas disseram que foram agredidas fisicamente no momento da prisão em flagrante.
Nenhum comentário
Postar um comentário