Servidores do Poder Judiciário param as atividades em todo o Estado
Os trabalhadores do
Tribunal de Justiça paralisaram as atividades nesta terça-feira, 31,
após várias horas de negociações frustradas com a administração superior
do TJ. Trinta por cento do total de serventuários foi mantido em seus
postos de trabalho, mas a greve tem adesão forte na capital e no
interior.
Uma nova negociação está
agendada para a próxima quinta-feira, 02, e, dependendo das propostas
apresentadas pelo TJ, a categoria pode encerrar o movimento na
sexta-feira, 03 . O presidente do sindicato, Leoson Gurgel, admite
sérias dificuldades de acordo nas cláusulas financeiras. “Há uma certa
intransigência em garantir direitos líquidos e certos, mas percebo que a
categoria está bastante unida. Nossa arma é a greve”, afirmou.
O tribunal propõe elevar
o piso salarial da categoria, mas esse aumento viria somente em 2014.
Os trabalhadores teriam novo piso fixado em R$ 3.200,00 (para nível
médio) e R$ 5.200,00 (para nível superior), mas com a condição de que a
gratificação de 20% por nível superior fosse suprimida. A proposta foi
rejeitada.
As negociações por
mehoramentos no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) incluem o
pagamento da sexta parte calculada sobre o salário bruto. O TJ tem
acenado com o pagamento da gratificação calculada sobre a remuneração
básica dos trabalhadores, o que também foi negado pelo sindicato.
Os serventuários
ganharam na justiça o direito de receber a gratificação de 10% sobre o
salário referente a capacitações profissionais. Este benefício foi
suprimido do contra-cheque numa conturbada decisão administrativa, uma
vez que o TJ exige capacitações continuadas, de quatro em quatro anos.
Os pagamento retroativos aos seis meses de litígio na justiça não foram
efetuados, sendo esta mais uma pauta de reivindicações que motivaram a
greve.
A gestão do
desembargador Adair Longuini encerrará em seis meses. O presidente do TJ
tem a firmado que medidas de austeridade serão aplicadas quando o
assunto for dívidas. O sindicato teme haver corte de na folha de
pagamento, considerando a previsão de queda nos repasses do Fundo de
Participação do Estado (FPE), previstos para 2013.
Fonte: a gazeta.net
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