No Congresso, Dilma promete projeto para salário mínimo
Promessa foi feita durante mensagem ao Congresso; em sua fala, presidenta defendeu pacto entre Poderes pelo fim da miséria
Promessa foi feita durante mensagem ao Congresso; em sua fala, presidenta defendeu pacto entre Poderes pelo fim da miséria
Em meio ao embate com as centrais sindicais em torno do aumento do salário mínimo, a presidenta Dilma Rousseff prometeu, nesta quarta-feira, enviar ao Congresso um projeto de longo prazo para reajustes salariais. Ela, no entanto, não citou valores. O governo quer manter o valor em até R$ 545, mas as centrais brigam por R$ 580. "Manutenção de regras que permitam ao salário mínimo recuperar o seu poder de compra é um pacto deste governo com os trabalhadores", disse.
A promessa foi feita durante sua mensagem ao Congresso, na abertura dos trabalhos dos parlamentares. Em sua fala, Dilma fez um apelo aos deputados e senadores para que seja estabelecida uma parceria entre os Poderes pelo "desenvolvimento" e pela democracia do País. Bastante aplaudida, ela sugeriu um "pacto" entre os Poderes para garantir avanços em diferentes áreas, como economia e social.
No final do discurso, Dilma arrancou risos no plenário ao repetir que trabalhará em conjunto com a agenda da Congresso para garantir a reforma política.
Em sua mensagem, a presidenta voltou a reforçar que vai se dedicar à luta para erradicar a miséria, a principal promessa de sua campanha eleitoral. Dilma pediu a colaboração dos parlamentares para assegurar os direitos básicos de alimentação, habitação e acesso à saúde. " O Brasil não pode aceitar mais que milhares de pessoas continuem vivendo na miséria, que não tenham alimentação suficiente", disse.
Dilma garantiu também que o governo vai manter a estabilidade econômica "como valor absoluto" e não permitirá, "sob nenhuma hipótese", a volta da inflação.
A presidenta prometeu também prevenção para evitar tragédias como a de Novo Friburgo, na região serrana do Rio, no mês passado. "Nenhum país é imune ao risco de tragédias naturais, mas, no Brasil, não podemos nem devemos esperar o próximo ano para chorar nossas vítimas", disse.
Ela saudou os ministros da Casa Civil, Antonio Palocci, presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, e os presidentes da Câmara, Marco Maia, e do Senado, José Sarney. Aproveitou o discurso para elogiar o antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao dizer que o governo cumpriu desafios por vezes considerados impossíveis.
No discurso que durou cerca de 30 minutos, Dilma citou as principais bandeiras de sua campanha e prometeu priorizar os investimentos no programa Minha Casa Minha Vida, no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Fonte: www.ig.com.br
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