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SAÚDE: Ceará disponibiliza tratamento e cirurgia para endometriose


Na capital cearense, a Maternidade Escola Assis Chateaubriand (Meac), do Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará (UFC), oferece o primeiro serviço gratuito no estado de atendimento multidisciplinar para tratamento da endometriose profunda.

A equipe de profissionais é composta por ginecologista, coloproctologista, urologista, enfermeiro e fisioterapeuta que contam também com psicólogo e psiquiatra em casos mais específicos. A endometriose profunda não tem causa definida. “É provável que seja multifatorial, incluindo fatores genéticos com possíveis influências imunológicas”, explica a ginecologista do Setor de Endometriose da Meac, Kathiane Lustosa.

“Além da dor, que chega a ser incapacitante, a doença afeta diretamente a rotina da mulher. E no caso da endometriose profunda, como chega a atingir outros órgãos, não só os genitais, o apoio de especialistas de outras áreas é necessário”, explica o professor de Ginecologia e Obstetrícia da UFC, Leonardo Bezerra.

Após avaliações padronizadas, clínicas e terapêuticas da paciente, antes e depois do tratamento, vê-se o resultado. “Antes, cerca de 40% das mulheres operadas voltavam a ter focos de endometriose. Com o novo método, a reincidência caiu para 5%”, completa.

Procedimento

A cirurgia realizada na Meac é videolaparoscópica. Com equipamentos de última geração, é minimamente invasiva. De alta precisão, esse procedimento preserva nervos, vasos e vias urinárias, pois corta e cauteriza com energia ultrassônica, atingindo as menores áreas necessárias. “Com esses equipamentos as cirurgias são muito mais rápidas e a recuperação bem mais tranquila”, completa Dr. Leonardo.

Para preparar melhor os profissionais, foi firmada uma parceria com a empresa fornecedora dos equipamentos, que montou um laboratório de simulação das cirurgias para treinamento. Assim, as práticas são realizadas em simuladores ainda na residência médica em ginecologia, garantindo o máximo desempenho nas cirurgias reais. A videolaparoscopia é tanto o diagnóstico quanto o tratamento. Os outros exames apenas sugerem, enquanto que na laparoscopia se realiza a biópsia, que possibilita o diagnóstico preciso.

A fisioterapia complementa o tratamento uma vez que a endometriose leva a alterações músculo-esqueléticas, causando muita dor e tensão, mesmo após a cirurgia. São realizados de 30 a 40 atendimentos ambulatoriais por semana e de 12 a 15 cirurgias de alta complexidade por mês.

Endometriose

Muitas mulheres só descobrem a doença quando associam as dores à dificuldade de engravidar. A endometriose é caracterizada por presença de endométrio fora da cavidade uterina, que pode ser desde lesões focais e aderências até nódulos, causados por menstruação retrógrada, que não desce totalmente, mas volta para as trompas. Quando esse fluxo ultrapassa o útero, chegando a atingir o intestino ou a bexiga, por exemplo, é chamada de profunda.

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