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SÃO PAULO: Professores vaiam Alckmin durante visita a Campo Limpo Paulista


Pais, alunos e professores protestaram contra o governador Geraldo Alckmin durante a visita dele a Campo Limpo Paulista (SP) na manhã desta terça-feira (27). Com faixas e cartazes, os manifestantes vaiaram Alckmin, que foi à cidade para inauguração de um viaduto na rodovia Edgar Máximo Zambotto.

O grupo protestou contra a reforma escolar na rede estadual, anunciada em setembro. Na segunda-feira (26) a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo anunciou que a reorganização do ensino escolar vai afetar diretamente 94 escolas, que serão "disponibilizadas", mas que continuarão sendo usadas na área da educação. Desse total, 66 já têm o novo uso definido e poderão abrigar unidades de ensino técnico ou ainda virar creches e escolas municipais, por exemplo. As outras 28 ainda têm destino incerto.

Segundo a pasta, ao todo, a reorganização do ensino vai disponibilizar 1,8% das 5.147 escolas do estado. No total 1.464 unidades estarão envolvidas na reconfiguração, mudando o número de ciclos de ensino que serão oferecidos.

Apesar dos protestos, Alckmin afirmou que não vai voltar atrás nas mudanças. "O objetivo [da reorganização escolar] é ter ciclo único, não misturar crianças com 6 anos e adolescentes com 17 anos de idade. Está provado que as escolas de ciclo único têm rendimento que varia de 10% a 20% acima do Idesp [Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo]. A preocupação é melhorar a qualidade da educação, ficando alunos da mesma série e da mesma idade numa escola. Alunos mais velhos, de outra série, em outra escola. Nós temos a oportunidade de fazer isso agora porque temos uma rede maior do que o número de alunos, então ela possiblita essa reorganização", afirmou Alckmin, sob protestos.

Professores vaiam Alckmin durante visita a Campo Limpo Paulista (Foto: Reprodução/TV TEM
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) informou na segunda-feira que vai continuar "lutando" contra a reorganização do ensino escolar.

A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, acredita que essa mudança não irá parar nas escolas anunciadas pela secretaria. “O que a secretaria está fazendo é uma bagunça, uma forma de gestão do estado e não uma proposta de gestão educacional. Eles estão só começando e nós vamos continuar lutando intensamente contra essas mudanças”, disse.

Fonte: http://g1.globo.com/

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