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Em reunião com Bolsonaro e deputados, Onyx oferece cargos e emendas

Onyx Lorenzoni (Casa Civil) ao lado de Bolsonaro na posse de quatro ministros que trabalham diretamente no Palácio do Planalto, incluindo Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Onyx Lorenzoni (Casa Civil) ao lado de Bolsonaro na posse de quatro ministros que trabalham diretamente no Palácio do Planalto, incluindo Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

BRASÍLIA — Na primeira reunião do presidente Jair Bolsonaro com os líderes na Câmara, coube ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, falar sobre as moedas mais tradicionais na negociação política: cargos e emendas. Onyx prometeu aos parlamentares que os espaços nos estados serão disponibilizados para indicações dos políticos e garantiu que não haverá contingenciamento das emendas parlamentares individuais.

De acordo com líderes presentes à reunião, os cargos serão distribuídos por acordo com as bancadas estaduais, devendo os partidos fazer seus acertos nesses colegiados. Em relação às emendas, o governo poderia fazer o corte proporcional ao realizado nas demais despesas do Executivo. Mas para facilitar as negociações, optou-se por poupar os recursos direcionados pelos deputados e senadores desse contingenciamento.

A reunião foi marcada por várias críticas dos líderes à articulação política do governo. Líderes reclamaram que ministros não tem atendido deputados e nem prefeitos indicados por eles. Houve protestos também sobre "falta de atenção" da Caixa, banco que firma os convênios de prefeituras com o governo federal e acompanha a execução das emendas. O secretário de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, foi chamado de "truculento" por um dos presentes e criticado por outros.

Os líderes cobraram o envolvimento de todo o governo nas negociações, não deixando a tarefa apenas nas mãos de Onyx. Uma das reclamações é de que promessas feitas pelo titular da Casa Civil acabam não sendo cumpridas por outros integrantes da Esplanada.

Bolsonaro focou sua fala na reforma da Previdência. De acordo com os líderes, adotou um tom de humildade e reafirmou em algumas oportunidades a importância do Parlamento para o sucesso do governo, em especial neste tema. O presidente confirmou a deputada Joice Hasselmann (PSL-GO) como líder do governo no Congresso e também a revogação do decreto que alterou regras da lei de acesso à informação, medida utilizada pela Câmara para registrar a primeira derrota do governo na semana passada.

O presidente se comprometeu a manter contato frequente com os líderes e repetir esse tipo de evento. Os parlamentares saíram satisfeitos e esperançosos de que a reunião com o governo melhore.

— Acho que o resultado vai ser positivo. O presidente sinalizou coisas superficiais, escutou os líderes, quebrou o gelo — afirmou o líder do MDB, Baleia Rossi (SP).

— O presidente mais ouviu. Ele ficou rouco de ouvir um a um — destacou o líder do Podemos, José Nelto (GO).

Fonte: https://oglobo.globo.com

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